O Conselho Diretor do Programa de Desestatização (PED) aprovou ontem a retomada do processo de venda da Companhia Energética de São Paulo (Cesp), a terceira maior empresa de geração de energia do País. Na reunião, membros do conselho analisaram o modelo e a avaliação feitas pelos bancos Fator e Citi, ambos contratados pelo governo paulista no início de novembro.
A empresa será vendida inteira e não fatiada, como se especulou durante algum tempo no mercado. A expectativa é de que o leilão na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) ocorra ainda no primeiro trimestre de 2008, possivelmente em março. O preço mínimo deve ficar na casa de R$ 45 por ação, o que significaria R$ 14 bilhões pela companhia. Mas, segundo fontes, o valor unitário poderia chegar a R$ 60, elevando o preço total para mais de R$ 20 bilhões.
A empresa tem potência instalada de 7,5 mil megawatts (MW), distribuída em seis hidrelétricas construídas. Nos últimos anos, passou por ampla reestruturação financeira. Fez uma capitalização de R$ 5,5 bilhões, que incluiu emissão de ações, injeção de recursos pelo governo (da venda da Cteep) e venda de debêntures. Com isso, a companhia conseguiu reduzir sua dívida.
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