Brasil é o 6º maior do mundo no poder de compra

O Brasil passou a ser a sexta maior economia do mundo, segundo os cálculos do Banco Mundial (Bird), que levam em conta a paridade do poder de compra das moedas. Esse método tenta medir a real força de uma economia, evitando os efeitos da conversão do Produto Interno Bruto (PIB) dos países ao dólar — flutuações cambiais prejudicam a comparação. Segundo os resultados referentes ao ano de 2005 divulgados ontem, o Brasil é responsável por metade da economia da América do Sul e o governo brasileiro, por dois terços de todos os gastos governamentais no subcontinente.

O Brasil fechou o ano como a sexta economia mundial, segundo os estudos do Banco Mundial, que comparou a situação econômica de 146 países. Responde por metade do poder de compra da América Latina e representa 3% do PIB mundial. Estamos na mesma posição do Reino Unido, da Franca, da Rússia e da Itália. Os EUA lideram a economia globalizada, seguidos de China, Japão, Alemanha e Índia. O Brasil conquistou essa posição com taxas de crescimento de 5% do PIB (a riqueza produzida no país) ao ano, o que é apontado pela oposição como um desperdício de oportunidades. Gostem ou não os desafetos do governo, o ano velho foi bom para o país.

Os dados são do Programa de Comparação Internacional (PCI), que avaliou as economias de 146 países. O ranking continua sendo liderado pelos Estados Unidos, que detêm 28% do PIB mundial pelo sistema antigo e 23% pela paridade. O Brasil tem 3% do PIB do mundo pela paridade e está em sexto lugar, empatado com Reino Unido, França, Rússia e Itália. No método convencional, a economia brasileira ocupa a sétima colocação no ranking, sendo detentora de 2% do PIB mundial, junto com Índia, Rússia e México.

A China saltou para o posto de segunda maior economia do mundo pela paridade do poder de compra de sua moeda. O ranking da paridade continua com o Japão (3° lugar), Alemanha (4°), Índia (5°) e Espanha e México empatados em 7° lugar. A economia mundial produziu US$ 55 trilhões em bens e serviços em 2005, dos quais 40% vieram dos países em desenvolvimento. Pouco mais de 20% vêm de China, Índia, Rússia, Brasil e México.

Doze países são responsáveis por mais de dois terços do produto mundial, dos quais sete são nações com alta renda e cinco são os principais emergentes, entre eles o Brasil. O Banco Mundial mediu também o PIB per capita, que considera a população do país. Os cinco líderes do ranking são Luxemburgo, Qatar, Noruega, Brunei e Kuwait. Juntos, esses países não respondem nem por 1% do PIB mundial. Dezessete países do mundo têm PIB per capita menor do que US$ 1 mil. Os países com a pior situação são Congo, Libéria, Burundi, Zimbábue e Guiné-Bissau, todos na África. A média mundial é de US$ 8,9 mil.