Informação direta da KGB Lulista, passada pelo nosso amigo leitor Pedro Cruzz:
O Senador Pedro Simon repercutiu no senado a seguinte reportagem do Zero Hora de domingo:
"Ficava claro, para governistas e tucanos, que Virgílio fora puxado de volta para o confronto por um telefonema de FH. Deflagrou-se a tática dos telefonemas para o Instituto FH. O próprio presidente nacional do PSDB ligou para Fernando Henrique, para tentar convencê-lo de que o acordo era bom. Guerra fracassou. Até Palocci falou com FH, que se desculpou: o irredutível não era ele, mas Virgílio. A base governista convocou então um parlamentar gaúcho próximo de FH, que ouviu este argumento do ex-presidente, na manhã de quarta-feira:
- Este é um momento político, a decisão é política. Precisamos olhar também para a eleição, não só para a nação.
FH demonstrou preocupação com a fartura da arrecadação de impostos à disposição de Lula. Disse que seria um erro político ignorar o fortalecimento do petista e enfatizou que era a hora de o PSDB finalmente se firmar como oposição.
- Alguns votaram contra a CPMF de cara amarrada, mas votaram porque sabem que Fernando Henrique é o líder do PSDB - disse o interlocutor do ex-presidente, ao relatar a conversa, admitindo que não havia como convencer FH de que o imposto deveria ser mantido.
Outro gaúcho, o deputado Darcísio Perondi (PMDB), presidente da Frente Parlamentar da Saúde, foi escolhido para o próximo telefonema a FH, no início da noite de quarta-feira. Perondi começou a conversa com um apelo sentimental:
- A CPMF foi criada em seu governo (em 1996). A saúde começou a mudar com o PSDB, que tem de ficar do lado do povo.
FH riu e respondeu:
- Não tem nada a ver.
Perondi disse que a rejeição do imposto seria "um suicídio político dos tucanos. O deputado relembra que FH estava de bom humor, ria muito e argumentava que a posição era da bancada no Senado, e não dele. E repetia a mesma frase:
- Perondi, não tem nada a ver.
O deputado desistiu. Pela manhã, Perondi ligara para o ex-governador paulista Geraldo Alckmin, que também participava da articulação contra a CPMF. Disse:
- O senhor é médico como eu e sabe da importância da CPMF.
Alckmin respondeu:
- Com a CPMF, Lula fica 20 anos no poder.
Perondi insistiu:
- Por medo das urnas, vamos deixar de contar com um acréscimo de US$ 10 bilhões para a saúde em 2008?
Alckmin lembrou que construíra 18 hospitais em São Paulo e que a oposição à CPMF era de fato política. Perondi relatou depois as conversas à base governista. A tática dos telefonemas havia fracassado."
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