O Presidente Lula disse ontem que os partidos de oposição do Senado que ameaçam votar contra o projeto que prorroga a Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Segundo ele, é tempo de os senadores pararem de pensar nas próximas eleições e começarem a pensar no Brasil e nas conseqüências da rejeição do projeto para estados e municípios. “Eu penso que está na hora de as pessoas pensarem um pouco no país ao invés de pensarem apenas nas eleições. Certamente alguns senadores não estão sabendo o que o dinheiro da CPMF causa de benefício nesse país. É importante lembrar que, este ano, 40% do orçamento do Ministério da Saúde vem do imposto”, disse Lula, durante o programa de rádio Café com o Presidente.
Lula destacou ainda que os senadores da oposição terão de explicar para a população a eventual diminuição de recursos para a saúde se a CPMF não for prorrogada. Segundo ele, o discurso de alguns senadores de que a rejeição ao projeto prejudica o governo não leva em conta as necessidades dos estados e dos municípios. “De vez em quando eu vejo o discurso de alguns senadores dizendo que ao não aprovar a CPMF vão criar problema para o governo. Não vão criar problema para o governo, vão criar problema para a sociedade brasileira. Eu quero saber quem vai explicar para os prefeitos e governadores do Brasil e para os pacientes do SUS a hora que não tiver o dinheiro para fazer o atendimento”, disse o Presidente
Consciência
O Presidente afirmou que acredita na aprovação da proposta no Senado. De acordo com ele, os senadores já começam a entender que o país não pode prescindir dos recursos, que somente em 2008 devem render cerca de R$40 bilhões. “Eu acredito que na hora de votar, falará mais alto a consciência de cada senador em função do que representa o dinheiro da CPMF não apenas para o Estado brasileiro, mas, sobretudo, para a saúde”, opinou.
Durante o programa, Lula lembrou as concessões feitas pelo governo para garantir a aprovação do projeto na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado e reafirmou que as negociações chegaram ao limite. “Nós fizemos acordo com a base aliada, conversamos com a oposição. No acordo que nós fizemos, nós propusemos reduzir a alíquota, que era uma coisa quase que questão de honra de uma parte da sociedade brasileira, nós inventamos a pessoa física”, citou o Presidente.
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