Oito investigadores e um delegado de polícia de São Paulo são acusados de roubo, extorsão e tortura. Os últimos acusados se entregaram na noite desta quarta-feira.
Rua dos Direitos Humanos, Campinas. Segundo o Ministério Público, dentro de uma casa, policiais torturaram e extorquiram um homem suspeito de tráfico de drogas e a irmã dele, tudo na frente de crianças.
"Ele e a irmã foram submetidos a uma série de tortura. Socos, chutes, sacos plásticos na cabeça, para causar desmaio", conta um dos promotores.
Segundo a denúncia, a operação não autorizada envolveu um delegado e oito investigadores da polícia civil de São Paulo.
A primeira pista contra o grupo de policiais civis surgiu no dia 21 de setembro. A Polícia Federal investigava traficantes de campinas e, numa escuta telefônica feita com autorização da justiça, flagrou um dos investigador pedindo dinheiro à quadrilha.
Duzentos mil reais para não prender o suspeito, por porte ilegal de arma. Como não conseguiram, levaram um carro e dinheiro.
“Eles acharam um pacote contendo R$ 35 mil e já de plano começaram a informar que aquele dinheiro já tava em poder deles."
A justiça expediu os mandados de prisão preventiva na noite de terça-feira. E os nove policiais se entregaram. Entre eles, Pedro Pórrio, afastado das funções de delegado por suspeita de extorquir outro traficante: o colombiano Juán Carlos Abadía, considerado o maior distribuidor de cocaína da América do Sul.
“As pessoas estão despudoradas. Elas estão escancarando a canalhice, vamos dizer no português bem claro. Eles não têm mais o pudor de pelo menos disfarçar, o mal policial, de disfarçar quando quer praticar um crime, quando quer tomar dinheiro de um criminoso”, fala Fernando Viana, promotor.
By Helena™
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