Mesmo com a aparente resistência do Presidente Lula e de aliados, o deputado Carlos Willian (PTC-MG) voltou a afirmar que não pretende recuar de apresentar na Câmara uma proposta de emenda constitucional que pode dar um terceiro mandato ao atual presidente da República. “Não é um balão de ensaio. A proposta vai ser para valer. Vamos apresentá-la, discuti-la e aprová-la ou não”, disse ontem.
Apoiado pelo colega Devanir Ribeiro (PT-SP), o deputado mineiro minimizou a postura do próprio Lula de não querer a discussão desse assunto no Congresso. “Concordo com ele. O momento pode não ser agora. Mas no início do ano que vem.”
Já o PSDB desvinculou a aprovação da prorrogação da CPMF no Senado com a discussão de terceiro mandato. Na semana passada, senadores tucanos ameaçavam retaliar com o imposto caso Lula não se manifestasse sobre o assunto. Após as declarações do Presidente contrárias ao movimento dos deputados, o partido sinalizou calmaria no debate. “Por enquanto, não há nenhuma vinculação. Esperamos que essa questão se desfaça com as próprias forças do governo”, disse o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE).
Aliado de Lula, o presidente interino do Senado, Tião Viana (PT-AC), reafirmou ontem sua posição contrária a essa proposta. "O que mais precisamos na atual democracia é a confirmação da estabilidade das decisões”, disse. “Há pouco tempo tomamos a decisão de ter apenas uma reeleição. E, depois, vem o casuísmo para abalar uma estabilidade, uma regra democrática. Não é bom."
Em campanha
A bruxa está solta na bancada tucana. Os deputados voltaram a pressionar os senadores a não aceitar acordos com o governo. Com essa história de terceiro mandato, a turma da Câmara não quer saber de colocar azeitona, ou melhor, CPMF, na empada de Lula.
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