O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) está investigando contratos firmados entre o governo do estado e um instituto fundado por políticos ligados ao PSDB. Em sete anos, a empresa faturou R$ 5 milhões dos cofres públicos.
Uma das investigações está centrada na Dersa, a empresa do governo do estado que administra as estradas. Durante os governos de Mário Covas e Geraldo Alckmin, ambos do PSDB, a Dersa contratou o instituto para prestar consultoria técnica em transporte de cargas, travessia marítima e sistema ferroviário.
Foram quatro contratos e três aditamentos no valor de R$ 450 mil. A cobrança vinha em forma de relatórios de atividades. Assim, participação em reuniões, pesquisas e comentários viravam horas técnicas de trabalho. Neste caso, 89 horas. O equivalente a quase R$ 14 mil.
O Instituto de Desenvolvimento, Logística, Transporte e Meio Ambiente (Idelt ) é uma organização de interesse público, uma espécie de ONG, com a diferença de que os diretores podem ser remunerados.
No caso do Idelt, os diretores e os fundadores do instituto são ligados ao PSDB, o partido do governador José Serra que contratou os serviços. Tudo sem licitação. Em uma das atas do Idelt, o nome do atual presidente da Dersa, Thomaz de Aquino Nogueira Neto, aparece como sócio.
O MP vai investigar a real necessidade da contratação dos serviços e o eventual uso de funções públicas para benefício próprio, uma vez que diretores do Idelt já ocuparam cargos executivos no governo do estado e na prefeitura de São Paulo. A promotoria também está analisando outros contratos do instituto que, ao todo, teria recebido R$ 5 milhões nos últimos sete anos.
A presidente do instituto é Vera Bussinger, mulher do ex-secretário de transportes do governo Alckmin, de São Paulo, nega que o instituto tenha sido beneficiado por ter tido pessoas ligadas ao governo Serra, Alckmin na antiga diretoria.
By Helena™
0 Comentários:
Postar um comentário
Meus queridos e minhas queridas leitoras
Não publicamos comentários anônimos
Obrigada pela colaboração