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segunda-feira, 3 de setembro de 2007

Valerioduto tucano envolve Aécio Neves

Vários indícios do envolvimento do governo Aécio Neves com Marcos Valério foram ignorados pela imprensa e pelas CPI's.

Apesar das agências de Marcos Valério, SMP&B e DNA, fazerem a publicidade oficial para o governo de Aécio Neves até o escândalo do dito mensalão.
Apesar das estatais de Minas como a CEMIG e COPASA também contrataram os serviços de Marcos Valério.
Apesar do vice-governador de Aécio Neves no primeiro mandato, Clésio Andrade, ter sido nada menos do que sócio de Marcos Valério na agência SMP&B até 1998.

Nada disso despertou a "curiosidade" da Globo, do Estadão, da Folha, da Veja, em enviar equipes de reportagem para ver o que se passava em Minas.

Mas as investigações na Polícia Federal prosseguiram.

Já descobriram que a construtora mineira ARG fez saques na boca do caixa de R$ 102 milhões no Banco Rural. E que essa empresa doou recursos a vários candidatos do PSDB. Entre eles, o atual governador Aécio Neves.

Valério também teve extensa relação comercial com os Tucanos de Brasília. O que mais chama atenção é seu envolvimento com o ministro das comunicações de FHC, Pimenta da Veiga (outro tucano de Minas Gerais).

Na movimentação bancária de Marcos Valério levantada pela própria CPI dos Correios, apareceu um saque de R$ 150 mil para Pimenta da Veiga em 2003.

Mas o ex-ministro de FHC alegou tratar-se de serviços advocatícios, e o imprensalão deu-se por satisfeito com a "palavra" de Pimenta da Veiga.

No governo FHC, enquanto Pimenta da Veiga era ministro das Comunicações, as agências de Marcos Valério já mantinha as contas do Ministério, e dos Correios (subordinado ao Ministério).

Além disso, no governo FHC, o Banco do Brasil, a Visanet, também já utilizavam dos serviços das agências de publicidade de Marcos Valério.

Como vemos, todo esse escândalo do dito "mensalão" é sim uma herança maldita vinda da era FHC. Esses esquemas funcionavam sem problemas, sem investigações, na época de FHC.
No governo Lula, tentou se instalar e continuar operando. Acabou por encontrar resistência, ser desbaratado rapidamente, e o fato concreto é que foi dado um basta durante o governo Lula.

Como se vê o valerioduto tucano é bem mais complexo, tem muito mais tentáculos, e vai muito além de Eduardo Azeredo.

E, ao contrário do que dizem, foi preciso o governo Lula chegar ao poder para que esse esquema acabasse em Brasília.

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