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terça-feira, 4 de setembro de 2007

Polícia Federal sob nova direção. Mas os "cansados" não tem o que comemorar.

Depois de 4 anos e meio, o delegado Paulo Lacerda deixou o cargo de Diretor-geral da Polícia Federal.

Mas os CANSADOS não tem o que comemorar.

Ele deixa no cargo um delegado afinado com seu trabalho para dar continuidade.

E vai assumir nova missão na chefia da ABIN.

No governo demo-tucano anterior, não sei quantos chefes de polícia federal foram trocados. A cada crise caía um, para abafar os acontecimentos.

O delegado Paulo Lacerda colocou a Polícia Federal à serviço do cidadão. Hoje ela nos defende do poder do narcotráfico, do criminosos do colarinho branco, dos lavadores de dinheiro e dos sonegadores.

Graças a essa atuação da polícia federal, vimos no noticiário quase todo dia, gente que nunca imaginávamos que seria importunada, presa.

Gente da alta sociedade, grandes empresários, banqueiros, juízes que vendiam sentenças, políticos, ex-governadores, ex-ministros, e até alguns próprios agentes da PF envolvidos com crimes.

A PF passou a não proteger ninguém. Trataram todos como manda a lei. Foi-se o tempo em que algema era coisa para pobre, preto e prostituta.

E tudo isso com total apoio do presidente Lula.

O novo diretor-geral, delegado Luiz Fernando Corrêa, também ocupou um cargo de extrema importância no governo Lula até ontem. Foi Secretário Nacional de Segurança. Ele articulou a implantação dos gabinetes integrados com as polícias Estaduais, do SUSP (sistema único de segurança pública), a criação da Força Nacional de Segurança. Tudo isso, apesar da dificuldade de trabalhar com as diferentes polícias estaduais, muitas arcaicas, mal aparelhadas, e cheia de vícios.
Tomara que sua ida para PF contribua para alinhar as polícias estaduais com a Polícia Federal.

Paulo Lacerda deixou como último trabalho, um CD com Princípios Fundamentais da Polícia Federal.
Um conjunto de princípios para evitar excessos, indisciplinas, vazamentos de informações, disputas internas, exploração política, execração pública desnecessária. Ou seja, os resquícios de má atuação policial.

Sua ida para a ABIN também é uma excelente notícia.

A ABIN é uma agência de inteligência que, na redemocratização, sucedeu o temível SNI. Como o SNI espionava cidadãos e perseguia inimigos do regime militar, a ABIN ficou proibida dessas atribuições.

A ABIN deve colher e abastecer o presidente e o governo de informações, tanto para tomar decisões, como para não ser surpreendido. Deve identificar problemas e riscos antes que eles aconteçam.

Agora, com o delegado Paulo Lacerda à frente da ABIN, será mais difícil acontecerem atos de corrupção e escândalos em órgãos do governo.
A PF repremia depois da porta arrombada.
A ABIN deve previnir antes que aconteça.

Por isso a nomeação de Paulo Lacerda para a ABIN deverá representar outro salto de qualidade no governo Lula, da mesma forma que aconteceu na Polícia Federal.

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