Pages

quarta-feira, 5 de setembro de 2007

Lula, as decisões de Estadista dão resultados

Quando Lula fez da integração sul-americana uma das prioridades de seu governo, não faltaram opositores criticando. As elites diziam que Lula estava priorizando as relações com os países mais pobres em detrimento dos ricos.

O sonho dos demo-tucanos era assinar a ALCA com os EUA, o que significaria a derrocada da economia brasileira nos setores que mais empregam e crescem: o setor de serviços, e condenaria o Brasil a ser mero produtor de commodities, porque não conseguiria desenvolver uma tecnologia nacional, se não encomendasse plataformas de petróleo, navios e outros equipamentos na indústria nacional.

Sem indústrias tecnológicas nacionais em setores estratégicos, viabilizadas por encomendas governamentais, sequer haveria o desenvolvimento de patentes (invenções) no Brasil. Nossos engenheiros não desenvolveriam capacidade de trabalhar como projetistas, nem em desenvolvimento de produtos. Só teriam trabalho em atividades administrativas.

A visão da oposição estava errada. Os mercados dos países ricos já compravam do Brasil tudo o que interessava a eles comprarem. Era um mercado quase saturado. A margem de crescimento das exportações era pequena. Todo mundo quer exportar para os EUA e para a Europa. Eles acabam ficando com a faca e o queijo na mão, escolhendo comprar de quem eles queiram, de quem venda mais barato. Além disso impõe barreiras a produtos que eles querem proteger.

Lula enxergou isso longe, muito antes dos opositores. Foi um estrategista. Teve uma visão de Estadista.
Hoje essa sua opção na política externa de estreitar relações comerciais com a américa latina, África, Oriente Médio e Ásia é reconhecida internacionalmente como um grande acerto na política externa.

Veja o diz a BBC Brasil:

Brasil deve priorizar comércio regional, diz Unctad

O Brasil deve concentrar seus esforços na cooperação regional na América Latina (a região deve ter um crescimento em torno de 5% em 2007) e explorar as possibilidades comerciais dentro e fora do Mercosul, segundo um relatório publicado nesta quarta-feira pela Unctad (Conferência da Organização das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento).

"Se os países têm a intenção de aumentar seus mercados, é melhor que eles façam isso dentro de sua área geográfica, porque este tipo de acordo já se provou mais eficiente. No comércio intra-regional, a parcela de bens manufaturados é maior, o que reduz a dependência dos países em desenvolvimento em relação aos preços dos commodities", disse à BBC Brasil o coordenador do relatório Trade and Development 2007 (Comércio e Desenvolvimento 2007) da Unctad, Detles Kotte.

"Ficando no âmbito regional, países como o Brasil podem se tornar menos dependentes da economia mundial e mais preparados para a globalização, além de aumentar a industrialização na sua região."

Segundo a Unctad, como as negociações de liberalização do comércio no âmbito da Organização Mundial do Comércio (OMC) não estão avançando, muitos países em desenvolvimento estão apostando em acordos bilaterais, muitos deles com países ricos.

Mas a organização diz que, nessas situações, os países em desenvolvimento acabam muitas vezes aceitando condições mais duras do que aceitariam no cenário mundial e podem ser prejudicados no longo prazo.

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração