A fazenda Pagrisa, no Pará, foi fiscalizada pelo Ministério do Trabalho, no início de Julho, e recebeu 21 autuações, flagrada explorando trabalho escravo.
A fazenda pertence à Usina Pagrisa, produtora de açúcar e álcool. A Petrobrás suspendeu a compra de álcool da usina, em razão do relatório que apontou o trabalho escravo.
Empresários paraenses, pediram socorro a seus amigos no Senado.
Prontamente, foi formada uma estranha comissão de 8 senadores para estudar o caso, presidida por Jarbas Vasconcelos.
Imaginem se o pedido fosse feito pelos trabalhadores escravizados se essa comissão teria se formado, principalmente com essa presteza e rapidez.
Na última quinta, Jarbas com mais 4 senadores, visitaram a fazenda por algumas horas e emitiu nota dizendo que a fazenda "oferece condições adequadas de trabalho".
Jarbas está contestando a fiscalização do Ministério que vistoriou a fazenda durante mais de 1 semana, promovendo a libertação de 1.064 trabalhadores - a maioria cortadores de cana.
Ou Jarbas foi leniente com suas obrigações para agraciar os patrões, donos da fazenda, com a impunidade;
ou o conceito de "condições adequadas de trabalho", para Jarbas Vasconcelos, equivale às da senzala, anterior à abolição da escravidão.
Todo o cuidado quando ouvirem Jarbas Vasconcelos falar em reforma trabalhista. Só falta o Senador propor a revogação da Lei Áurea.
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