Não coloco a mão no fogo pelo Renan, mas também não faço o jogo de condenar com base no que escreve a imprensa demo-tucana.
Acho que denúncias como estas devem ser apresentadas ao Ministério Público, e não serem usadas como um tribunal de inquisição feito pela mídia golpista junto com a oposição demo-tucana.
A reportagem se presta mais a querer acabar de queimar policamente Renan, do que para elucidar o leitor. Ou seja, a imprensa quer encostar a faca no pescoço dos demais Senadores para entregarem a cabeça de Renan.
As próprias circunstâncias das denúncias da Época são pra lá de esquisitas.
A própria revista Época se pergunta a certa altura da reportagem: "As acusações de Bruno merecem credibilidade?"
Quem denuncia é um advogado: Bruno Miranda Ribeiro Brito Lins. Como advogado ele sabe que o local apropriado para apresentar a denúncia contra um Senador é o Ministério Público Federal. Alternativamente poderia denunciar à Polícia Federal. Mas procurou o delegado da Polícia Civil do DF João Kleiber Ésper, para prestar o depoimento.
Alega que procurou Ésper por ser amigo de sua família. Afirma que sua intenção não era denunciar o esquema (???), mas se garantir contra ameaças que estaria recebendo do ex-sogro depois da separação litigiosa com Flávia (assessora de Renan no Senado).
Porém, seu ex-sogro retruca enviando a ÉPOCA um dossiê intitulado “Roteiro da chantagem de Bruno Miranda contra Flávia Garcia”. Nele há registros de ocorrência em delegacias de supostas ameaças feitas por Bruno à ex-mulher e um laudo pericial sobre mensagens recebidas por Flávia em seu celular. Em uma delas, às 23h30m do dia 14 de setembro de 2006, Bruno diz que acaba de sair da delegacia onde prestou depoimento contra Luiz Coelho (o sogro).
Nas conversas com ÉPOCA, Bruno disse que teria e-mails que poderiam comprovar algumas denúncias. Mas não os apresentou.
Causa estranheza o delegado Ésper, sendo da Polícia Civil do DF, ter segurado o depoimento de Bruno por 7 meses, até encaminhá-lo à Polícia Federal. O próprio Esper diz: “Não tinha autoridade para investigar as denúncias contra autoridades federais”. Mas tinha a obrigação funcional de encaminhar à Polícia Federal.
Também há uma estranha denúncia contra o delegado Ésper e um amigo, o empresário Orlando Rodrigues da Cunha Filho, presidente da Hípica de Brasília, que teriam ido a um escritório de advocacia [a revista Época presta um desserviço ao leitor ao não informar qual o escritório e qual o vínculo com Renan] para tentar a extorsão. O delegado confirma (exceto a extorsão): “Estive lá com o Orlando, sim. Até falamos sobre o depoimento, mas não pedi dinheiro”.
Esse comportamento estranho do delegado Ésper, gerou abertura de sindicância na Corregedoria da polícia.
O delegado João Kleiber Ésper, foi promovido a diretor da Divisão Anti-Seqüestro da Polícia de Brasília, pelo governador José Roberto Arruda, dos demos.
As denúncias de Bruno são: o empresário Luiz Carlos Garcia Coelho, seu ex-sogro, montou um esquema de arrecadação de dinheiro para o presidente do Senado em ministérios chefiados por pessoas indicadas pelo PMDB, como a Previdência Social e a Saúde. Diz ter ido pessoalmente buscar o dinheiro da suposta propina. Seu ex-sogro teria contas em bancos no exterior, supostamente usadas para lavagem de dinheiro. Acusa bancos que receberam autorização do INSS para operar crédito consignado, pagaram, entre o final de 2004 e março de 2005, propinas para Renan e outros políticos do PMDB.
É possível que uma investigação séria da Polícia Federal separe o joio do trigo, e chegue ao que há de trambicagem de um lado e do outro. Esse Luiz Carlos Garcia Coelho já esteve envolvido em outros encândalos anteriormente.
Mas o que nos incomoda é a exploração política de toda e qualquer denúncia contra gente da base governista, deturpando as notícias o mais que podem, com o claro intuito de servir à oposição demo-tucana e atrapalhar o governo Lula.
A mesma atenção não é dada quando envolve Eduardo Azeredo. É como se não existisse, não tivesse importância, ninguém pergunta o que ele ainda está fazendo no Senado.
A chacina na penitenciária mineira não merece maior atenção porque o governador é tucano. Os escândalos da CDHU, caça-níqueis, a NOSSA CAIXA denunciada na operação aquarela que pegou Roriz e tantos outros no governo tucano do Serra e do Alckmin não merecem a menor atenção. A relação de Zuleido Veras com Paulo Magalhães e os demos baianos foram abafadas.
O objetivo é intimidar políticos a apoiarem o governo. É como se a mídia estivesse mandando um recado: parem de apoiar o governo, ou nós vamos fazer uma campanha para derrubá-lo.
Está na hora do Renan falar mais um pouco. Relembrar alguns escândalos abafados de senadores da oposição que posam de moralistas.
Da última vez que Renan revidou, provocou o movimento da CPI da TVA-Telefonica, que aguardamos ansiosamente.
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