Dia de domingo, vendagem ampliada, o "Globo" estampa no coração da primeira página ilustrações toscas de táticas de combate, acompanhadas da manchete: "Alemão usa manual de guerrilha feito por militar". Na manhã do dia seguinte, ontem, o secretário de Segurança Pública anunciou que o "manual" apreendido pela polícia comprovava a necessidade das investidas policiais contra o Complexo do Alemão.
Taí, não deixa de ser uma metáfora curiosa. Justifica-se a matança promovida pela polícia a partir de rabiscos rudimentares, que lembram o traçado de uma criança. Uma explicação infantil. Assim como infantil é esse joguinho feito entre Globo e governo do Estado, justo no momento em que os laudos comprovam que pessoas foram torturadas e executadas a sangue frio, inclusive com tiros pelas costas, no dia 27 de junho. Interessante...
Isso prova que os moradores, em quem o "Globo" nunca acredita, estavam falando a verdade. E a polícia estava mentindo. E o governo do Estado e seus burocratas estavam mentindo. Mas o "Globo" deu 95% do espaço para sustentar essas mentiras, nos dias seguintes à matança. E os outros 5% eram coisas do tipo: "moradores afirmam que teriam...", assim, sempre no futuro do pretérito, que é o jeito do jornal publicar uma informação em que não acredita ou que deseja desqualificar. Mas de repente os laudos com provas gravíssimas saem de cena e entra esse "manual de guerrilha".
Para completar o serviço, o "Globo" publica mais uma chamada na primeira página, onde se anuncia com espanto: "O manual 'ensina até como monitorar as frequencias de rádio da polícia'". Ora, ora, quanta hipocrisia... Qualquer foca sabe que os jornalões monitoram a freqüência da polícia. A ordem é ter sempre alguém na "escuta" e quando ouvir um "triplo uno", que significa homicídio, telefonar para a polícia, mentir dizendo que alguém ligou fazendo a denúncia, e pegar mais informações. Então que grande escândalo é esse? Vamos brincar de sensacionalismo também: "Jornalões monitoram freqüência da polícia". Aí na seqüência alguém telefone para a polícia federal, anuncia o "furo" e pergunta: "Ei, vocês não vão fazer nada?" Que tal?
No jornal de hoje, o tal manual de guerrilha continua rendendo. Manual, aliás, que a polícia já conhecia há dois anos. Mas de repente virou novidade pro "Globo". Hoje a chamada de capa, assustadíssima, avisa que o "chefe" do tráfico tem mais seguranças (38) que o presidente da República e quase o mesmo número de agentes (40) que protegem o maior tirano da história, George Bush.
Até quando o "Globo" vai usar esse manual? Até a polícia promover um novo massacre na favela, matando e ferindo pessoas que não tem nada a ver com o tráfico varejista? Se você aí quiser telefonar para o "Globo" para comunicar seu descontentamento com essa incitação ao crime, o telefone é (21) 2534-5000. Deixe um recado para Rodolfo Fernandes, o editor-chefe.( Marcelo Salles - Fazendo Média)
Taí, não deixa de ser uma metáfora curiosa. Justifica-se a matança promovida pela polícia a partir de rabiscos rudimentares, que lembram o traçado de uma criança. Uma explicação infantil. Assim como infantil é esse joguinho feito entre Globo e governo do Estado, justo no momento em que os laudos comprovam que pessoas foram torturadas e executadas a sangue frio, inclusive com tiros pelas costas, no dia 27 de junho. Interessante...
Isso prova que os moradores, em quem o "Globo" nunca acredita, estavam falando a verdade. E a polícia estava mentindo. E o governo do Estado e seus burocratas estavam mentindo. Mas o "Globo" deu 95% do espaço para sustentar essas mentiras, nos dias seguintes à matança. E os outros 5% eram coisas do tipo: "moradores afirmam que teriam...", assim, sempre no futuro do pretérito, que é o jeito do jornal publicar uma informação em que não acredita ou que deseja desqualificar. Mas de repente os laudos com provas gravíssimas saem de cena e entra esse "manual de guerrilha".
Para completar o serviço, o "Globo" publica mais uma chamada na primeira página, onde se anuncia com espanto: "O manual 'ensina até como monitorar as frequencias de rádio da polícia'". Ora, ora, quanta hipocrisia... Qualquer foca sabe que os jornalões monitoram a freqüência da polícia. A ordem é ter sempre alguém na "escuta" e quando ouvir um "triplo uno", que significa homicídio, telefonar para a polícia, mentir dizendo que alguém ligou fazendo a denúncia, e pegar mais informações. Então que grande escândalo é esse? Vamos brincar de sensacionalismo também: "Jornalões monitoram freqüência da polícia". Aí na seqüência alguém telefone para a polícia federal, anuncia o "furo" e pergunta: "Ei, vocês não vão fazer nada?" Que tal?
No jornal de hoje, o tal manual de guerrilha continua rendendo. Manual, aliás, que a polícia já conhecia há dois anos. Mas de repente virou novidade pro "Globo". Hoje a chamada de capa, assustadíssima, avisa que o "chefe" do tráfico tem mais seguranças (38) que o presidente da República e quase o mesmo número de agentes (40) que protegem o maior tirano da história, George Bush.
Até quando o "Globo" vai usar esse manual? Até a polícia promover um novo massacre na favela, matando e ferindo pessoas que não tem nada a ver com o tráfico varejista? Se você aí quiser telefonar para o "Globo" para comunicar seu descontentamento com essa incitação ao crime, o telefone é (21) 2534-5000. Deixe um recado para Rodolfo Fernandes, o editor-chefe.( Marcelo Salles - Fazendo Média)
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