Temos reclamado que os parlamentares de esquerda estão acomodados e não estão defendendo o governo Lula, com contra-ataques.
Vivemos hoje no Brasil um período semelhante ao Mcarthismo nos EUA.
A diferença é que lá era o Estado quem fazia perseguições políticas. Aqui é a mídia.
A mídia está se sentindo com o poder desconstruir imagens e destruir reputações. Faz dossiês, e leva ao ar ou às páginas quando quer algo. Vasculha a vida de um Deputado ou Senador, e qualquer pequeno deslize no passado ou presente, mesmo que seja particular ou de costumes, é o suficiente para promover uma caça às bruxas.
Exemplos temos aos montes: Perseguir uma janela no Planalto como paparazi e levar ao ar um gesto de desabafo do Marco Aurélio Garcia, que jamais iria ao ar se fosse de um tucano. A frase infeliz de Marta, que ela pediu desculpa, ser usada seguidamente, fora de contexto. E tudo o que vimos em 2005 e 2006.
O fato é que nossos parlamentares devem estar cercados pela linha de tiro da grande imprensa.
Isso é ruim, porque estamos sendo representados por leões acorrentados.
Não sei exatamente o que fazer. Vou dar palpites, e espero que enriqueçam o debate nos comentários.
Primeiro: É preciso apoio maciço da militância em mobilizações populares para enfrentar a mídia seja na internet, seja em boicotes e protestos a veículos de imprensa e de anunciantes, seja em manifestações de rua. Só assim dá para levar em frente o segundo passo sem levar uma surra.
Segundo: Se todos os parlamentares afinarem o côro e repudiarem a mídia golpista em bloco ao mesmo tempo, fica mais difícil dela retaliar. Ela vai escolher um mais conveniente e vistoso para ser a bola da vez, e tentar destruí-lo. Novamente o repúdio deve ser em bloco. E a militância precisa retaliar com boicote e protestos o veículo de comunicação e anunciantes. Mas é preciso estar preparado para alguns sacrifícios. Alguns parlamentares poderão ter que renunciar ou serão cassados como troféus. Entrarão suplentes na batalha. Aqueles que forem sacrificados precisam continuar contando com o apoio do partido, mesmo sem mandato, senão a mídia venceu.
Mas se não houver um enfrentamento, será a capitulação.
O governo Lula será sequestrado de nós, pela mídia, e pelos lobbies que ela representa.
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