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sábado, 23 de junho de 2007

A Renan o que era para ser de FHC


Em plena campanha pela reeleição do sr. Fernando Henrique, em 1998, o Brasil quebrou literalmente, por volta de abril ou maio. Não me consta que a mídia tenha dado grande, pequena, ou, média importância a esse fato. Em dia 26 de setembro de 1991, nasceu um filho do sr. Fernando Henrique(aqui) com a jornalista Miriam Dutra, também da Rede Globo . Não me consta, também, que a mídia tenha tido alguma atenção para esse fato. Teria havido um complô da imprensa para não manchar a impoluta imagem do então senador FHC? A notícia teria ficado esquecida na gaveta de baixo das mesas dos chefes de redação? Com relação a diversos outros aspectos da política governamental do governo FHC (privatização etc.) não houve, também, nenhum interesse do jornalismo investigatório. Dessa forma, creio que a mídia tem critérios diferentes para investigar e notíciar coisas relativas a governos. Talvez, por isso, a mídia nada falou sobre as revelações desabonadoras dos colegas do Renan.

Renan ameaçou revelar (aqui) fatos incômodos para colegas, na tribuna, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP) desafiou o presidente do Senado dar nomes aos bois. Renan se explicou .O líder do DEM, senador José Agripino (RN), seria um dos alvos de Renan, pois teria uma dívida de R$ 50 milhões com o Banco do Nordeste. Em entrevista, o líder do DEM disse que "dívida não desabona ninguém" e afirmou que o valor é "bem abaixo" de R$ 50 milhões. Agripino afirmou que a fazenda São João, de propriedade de sua família, foi desapropriada pelo Incra em 2003. Sua família estaria contestando na Justiça a dívida e o valor pago pela desapropriação. As dívidas do grupo Maísa Agroindustrial S.A., da família do senador Agripino, com o BNB foram alvo de investigação durante a CPI do Finor (Fundo de Investimento do Nordeste), da Câmara, entre 2000 e 2001 no governo de Ferando Henrique. Pelo que apurou a CPI, a empresa estava inadimplente inclusive quanto à apresentação de sua movimentação financeira, desde 1996.

A dívida acumulada até aquele momento, segundo apuraram os deputados, era de R$ 2 milhões em debêntures vencidas (títulos emitidos pela empresa, com prazo certo, que têm como garantia os seus próprios ativos), além de R$ 4,2 milhões que deveriam ser também pagos -R$ 6,2 milhões no total. Esse valor, porém, de 1999, deve ser muito diferente hoje.

Outro que seria alvo das insinuações nos bastidores do Renan ,é o senador Demóstenes Torres (DEM-GO) disse que Renan quis constrangê-lo. Demóstenes reconhece que ele e uma "assessora"...Para não dizer amante... viajaram no ano passado para os Estados Unidos, com passagens e diárias pagas pelo Senado, para participar de reunião da ONU (Organização das Nações Unidas). O senador ainda foi acompanhado por um assessor informal, mas disse que ele pagou a própria passagem. Conforme relatos dos próprios senadores nos bastidores, haveria um terceiro alvo. Seria um senador que, apesar de não ser do partido, teria pedido passagens aéreas da cota da liderança do PMDB, no ano passado, para uma "amiga". Como se vê, essa história do Renan, ainda vai dar pano pra manga.

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