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quinta-feira, 21 de junho de 2007

Quem tem medo do Renan?


Xiii...Danou-se. Segura firme que Renan vem ai, e promete por a boca no trombone! Abandonado por parte dos senadores aliados e oposicionistas e chantageado pela Mônica - Topa tudo por dinheiro-, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), jogou duro nos bastidores ontem. Ameaçou revelar fatos incômodos para colegas e paralisar a articulação política do governo.

Renan já está, aos poucos, revelando reservadamente fatos desabonadores de colegas do Senado.Pelo menos dois casos específicos são citados por Renan. Primeiro, o de um senador que viajou com a namorada para os Estados Unidos com as diárias do casal pagas pelo Congresso. Outro líder partidário teria uma dívida de R$ 50 milhões com um banco estatal. Renan promete dar nomes aos bois. Ops!... Quero dizer a esses políticos, em breve. Claro que se for absolvido Renan abafa o caso.

Esse clima de terror e ameaça explica em parte porque tantos senadores se sentem constrangidos em condenar o alagoano em público. No Senado, acuado e abandonado, Renan dividiu sua estratégia de sobrevivência política em duas faces. A pública é demonstrar cordialidade. Vai se prestar a depor no Conselho de Ética. A reservada é espalhar tacitamente o terror para outros senadores que no passado lhe pediram favores.

Em discurso, Renan, também mandou um recado para a Globo:"Liberdade de imprensa exige equilíbrio, serenidade, ética e responsabilidade. Sem responsabilidade, abre-se espaço para o excesso, para a pirotecnia, em desfavor das instituições e a bem do sensacionalismo", disse. "Exercer a liberdade requer consciência coletiva, sob pena de se marchar para a ditadura da opinião preconcebida, que, por ser parcial, segue ao sabor dos ventos do preconceito e dos interesses velados." Hummm! que interesses velados seriam esses?

O presidente do Senado pediu apoio do governo anteontem e ontem. Por meio do líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), tentou costurar uma acordo com o PT para votar ainda ontem uma absolvição-relâmpago no Conselho de Ética do Senado. Auxiliares de Lula disseram que o Presidente não se envolveria na questão. Para Renan e seus aliados, o presidente segue o roteiro tradicional já adotado em relação a outros aliados.

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