Todos sabem como a Rede Globo vem criticando de forma contundente a não renovação da concessão da RCTV pelo governo venezuelano. A Globo fala em “fechamento” e “ataque à democracia”. A Globo inclusive ajuda a disseminar a idéia de que Chávez é um “ditador” e não um “presidente eleito”, utilizando para isso funcionários (Arnaldo Jabor, Casseta&Planeta, entre outros) e políticos que devem favores à emissora .No caso de políticos, se eles reproduzirem o discurso global, eles ganham importantes minutos na telinha que farão diferença nas eleições, afinal, político esquecido é político morto.
Outro dado é que a Globovisión, emissora que também participou do golpe de 2002 na Venezuela ao lado da RCTV, é uma das afiliadas da Rede Globo. Hugo Chávez vem ameaçando a Globovisión por incitar a população contra o estado democrático de direito e ser um veículo político da oposição. A realidade é que a Rede Globo pode perder também sua concessão na Venezuela. A família Marinho está em pé de guerra com Chávez.
A fragilidade do discurso onde a Globo procura mostrar um repentino apreço pela democracia (apreço que não mostrou ao ignorar o movimento das “Diretas Já” no Brasil) se dá num episódio ocorrido ainda no ano de 2007. A Globo comprou uma briga com a Igreja Renascer uma ocasionada por uma ação indenizatória movida pelo casal Hernandez contra a revista Época, das Organizações Globo, por conta de uma reportagem publicada em maio de 2002, com o título “Caloteiros da Fé”. O ministro Francisco Peçanha Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou a liminar da Globo e reiterou a decisão que condena a revista Época a pagar uma indenização de danos morais, no valor de R$ 410 mil, para o casal Estevam e Sônia Hernandes.
Agora vejam que interessante. Em janeiro deste ano, o ministro das comunicações Hélio Costa (que durante muito tempo foi repórter da Globo e talvez seja o membro do governo mais compromissado com os interesses da emissora) cancelou a retransmissão da “TV Renascer” após as denúncias da Globo contra o casal Hernandez e alegando como motivo um processo que corria nos EUA e que nem sequer ainda havia transitado em julgado. A Globo aplaudiu a decisão do ministro e noticiou isso largamente sem fazer nenhuma crítica a atitude do ministro. A Globo fez valer seu interesse quando se tratou de disputar o monopólio da manipulação com a não menos manhosa Igreja Renascer.
Perceba: Cancelar uma retransmissão (revogar sua concessão) é muito pior do que não renovar uma concessão. A Globo em janeiro de 2007 tinha uma opinião muito diferente do que a que vem alardeando agora. Essa é a Rede Globo. Essa é a hipocrisia da mídia nativa brasileira. A pretensa defesa da democracia feita pela Globo nesses dias é tão vazia quanto sua programação nas noites de sábado. A Globo apoiou a decisão arbitrária de um ministro quanto ao fechamento de uma TV no Brasil e faz escândalo quanto a não renovação de uma concessão em um país vizinho, já que tem interesse seu em jogo, no caso, o futuro da Globovisión.
A hipocrisia da Globo e de seus subordinados não engana qualquer pessoa que tenha espírito crítico e olhos e ouvidos abertos o suficiente para captar as sutilezas e artimanhas de quem só se preocupa com seus interesses econômicos e não tem nenhum compromisso com a democracia de fato e de direito
Outro dado é que a Globovisión, emissora que também participou do golpe de 2002 na Venezuela ao lado da RCTV, é uma das afiliadas da Rede Globo. Hugo Chávez vem ameaçando a Globovisión por incitar a população contra o estado democrático de direito e ser um veículo político da oposição. A realidade é que a Rede Globo pode perder também sua concessão na Venezuela. A família Marinho está em pé de guerra com Chávez.
A fragilidade do discurso onde a Globo procura mostrar um repentino apreço pela democracia (apreço que não mostrou ao ignorar o movimento das “Diretas Já” no Brasil) se dá num episódio ocorrido ainda no ano de 2007. A Globo comprou uma briga com a Igreja Renascer uma ocasionada por uma ação indenizatória movida pelo casal Hernandez contra a revista Época, das Organizações Globo, por conta de uma reportagem publicada em maio de 2002, com o título “Caloteiros da Fé”. O ministro Francisco Peçanha Martins, do Superior Tribunal de Justiça (STJ), negou a liminar da Globo e reiterou a decisão que condena a revista Época a pagar uma indenização de danos morais, no valor de R$ 410 mil, para o casal Estevam e Sônia Hernandes.
Agora vejam que interessante. Em janeiro deste ano, o ministro das comunicações Hélio Costa (que durante muito tempo foi repórter da Globo e talvez seja o membro do governo mais compromissado com os interesses da emissora) cancelou a retransmissão da “TV Renascer” após as denúncias da Globo contra o casal Hernandez e alegando como motivo um processo que corria nos EUA e que nem sequer ainda havia transitado em julgado. A Globo aplaudiu a decisão do ministro e noticiou isso largamente sem fazer nenhuma crítica a atitude do ministro. A Globo fez valer seu interesse quando se tratou de disputar o monopólio da manipulação com a não menos manhosa Igreja Renascer.
Perceba: Cancelar uma retransmissão (revogar sua concessão) é muito pior do que não renovar uma concessão. A Globo em janeiro de 2007 tinha uma opinião muito diferente do que a que vem alardeando agora. Essa é a Rede Globo. Essa é a hipocrisia da mídia nativa brasileira. A pretensa defesa da democracia feita pela Globo nesses dias é tão vazia quanto sua programação nas noites de sábado. A Globo apoiou a decisão arbitrária de um ministro quanto ao fechamento de uma TV no Brasil e faz escândalo quanto a não renovação de uma concessão em um país vizinho, já que tem interesse seu em jogo, no caso, o futuro da Globovisión.
A hipocrisia da Globo e de seus subordinados não engana qualquer pessoa que tenha espírito crítico e olhos e ouvidos abertos o suficiente para captar as sutilezas e artimanhas de quem só se preocupa com seus interesses econômicos e não tem nenhum compromisso com a democracia de fato e de direito
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