Por dois dias seguidos, a oposição ficou emparedada pela ação dos aliados. Sem conseguir ontem inquirir em detalhes o brigadeiro Jorge Kersul Filho, chefe do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa), restou a queixa aos oposicionistas, que não conseguiram arrancar novas informações nas audiências de ontem.
O depoimento de Jorge Kersul durou 1h45. Apenas três deputados fizeram perguntas ao oficial da Aeronáutica: o relator Marco Maia (PT-RS), que tem direito de começar a questionar as testemunhas, e os autores do pedido de convocação Vanderlei Macris (PSDB-SP) e José Carlos Araújo (PR-BA). Devido ao início da sessão do plenário da Câmara, o presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), encerrou a audiência.
O presidente da CPI jurou apenas ter seguido o regimento interno, mas o colega de bancada gaúcha Marco Maia reagiu à adversária: “A deputada Luciana Genro tem o objetivo único de atacar o governo e fazer disputa política. A oposição tem de chorar menos e trabalhar mais”, ironizou. “Esta CPI não será como as outras, que discutem tudo e não chegam a lugar nenhum”, delimitou o relator, em uma referência à CPI dos Bingos, controlada pela oposição no Senado, que ficou conhecida como “CPI do Fim do Mundo” por tratar dos mais variados temas.
Falhas humanas
Ao contrário da comissão anterior, a CPI do do setor Aéreo segue, por enquanto, o script traçado pelo relator. Os depoimentos de ontem limitaram-se a tratar do acidente aéreo envolvendo o jato Legacy, da Embraer, e o Boeing da Gol, que caiu em setembro do ano passado. Tanto Jorge Kersul quanto o coronel-aviador Rufino Antonio Ferreira, presidente da comissão de investigação do acidente do vôo 1907, asseguraram que o sistema de controle aéreo brasileiro é moderno e funciona bem. Eles voltaram a dizer que houve falhas humanas: dos controladores e dos pilotos americanos do jato.
À CPI, o delegado Renato Sayão, que conduziu o inquérito da PF, disse justamente o contrário. Sustentou que só a Aeronáutica tem competência para investigar os controladores. “O motim dos controladores este ano gerou quatro inquéritos policiais militares (IPMs) e a morte de 154 pessoas não gerou sequer um IPM”, reclamou a deputada Solange Amaral (DEM-RJ).
O brigadeiro da Aeronáutica não chegou a ser questionado sobre os problemas apontados pelos controladores, mas avaliou que o sistema é confiável: “Nosso nível de segurança é dos melhores. Ao contrário do que é dito, nosso sistema é seguro”. Segundo ele, o maior problema hoje existe na freqüência utilizada pela comunicação do controle aéreo, que é atrapalhada por rádios-pirata. “São interferências sérias, mas não temos poder porque a maioria das rádios está trabalhando com liminares da Justiça”, justificou Kersul. “Ou mudamos a freqüência ou pedimos às autoridades deste país que as interferências cessem.”
O depoimento de Jorge Kersul durou 1h45. Apenas três deputados fizeram perguntas ao oficial da Aeronáutica: o relator Marco Maia (PT-RS), que tem direito de começar a questionar as testemunhas, e os autores do pedido de convocação Vanderlei Macris (PSDB-SP) e José Carlos Araújo (PR-BA). Devido ao início da sessão do plenário da Câmara, o presidente da CPI, Marcelo Castro (PMDB-PI), encerrou a audiência.
O presidente da CPI jurou apenas ter seguido o regimento interno, mas o colega de bancada gaúcha Marco Maia reagiu à adversária: “A deputada Luciana Genro tem o objetivo único de atacar o governo e fazer disputa política. A oposição tem de chorar menos e trabalhar mais”, ironizou. “Esta CPI não será como as outras, que discutem tudo e não chegam a lugar nenhum”, delimitou o relator, em uma referência à CPI dos Bingos, controlada pela oposição no Senado, que ficou conhecida como “CPI do Fim do Mundo” por tratar dos mais variados temas.
Falhas humanas
Ao contrário da comissão anterior, a CPI do do setor Aéreo segue, por enquanto, o script traçado pelo relator. Os depoimentos de ontem limitaram-se a tratar do acidente aéreo envolvendo o jato Legacy, da Embraer, e o Boeing da Gol, que caiu em setembro do ano passado. Tanto Jorge Kersul quanto o coronel-aviador Rufino Antonio Ferreira, presidente da comissão de investigação do acidente do vôo 1907, asseguraram que o sistema de controle aéreo brasileiro é moderno e funciona bem. Eles voltaram a dizer que houve falhas humanas: dos controladores e dos pilotos americanos do jato.
À CPI, o delegado Renato Sayão, que conduziu o inquérito da PF, disse justamente o contrário. Sustentou que só a Aeronáutica tem competência para investigar os controladores. “O motim dos controladores este ano gerou quatro inquéritos policiais militares (IPMs) e a morte de 154 pessoas não gerou sequer um IPM”, reclamou a deputada Solange Amaral (DEM-RJ).
O brigadeiro da Aeronáutica não chegou a ser questionado sobre os problemas apontados pelos controladores, mas avaliou que o sistema é confiável: “Nosso nível de segurança é dos melhores. Ao contrário do que é dito, nosso sistema é seguro”. Segundo ele, o maior problema hoje existe na freqüência utilizada pela comunicação do controle aéreo, que é atrapalhada por rádios-pirata. “São interferências sérias, mas não temos poder porque a maioria das rádios está trabalhando com liminares da Justiça”, justificou Kersul. “Ou mudamos a freqüência ou pedimos às autoridades deste país que as interferências cessem.”
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