Emprego cresce 0,3% em fevereiro e folha real aumenta 3,6%

O emprego na indústria brasileira cresceu 0,3% em fevereiro, na comparação com o mês anterior, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A média móvel trimestral, um indicador bastante acompanhado pelo mercado, registrou variação positiva de 0,2% entre os trimestres encerrados em fevereiro e janeiro. Na comparação com fevereiro do ano passado, o emprego industrial no País avançou 1%, o oitavo crescimento consecutivo.

As contratações superaram as demissões em dez dos 14 locais pesquisados. São Paulo teve aumento de 2%, o Nordeste teve 1,9% e as regiões Norte e Centro-Oeste, 2,4%. O emprego vem crescendo especialmente no segmento de alimentos e bebidas. "Esta indústria está sendo beneficiada pelo dinamismo da exportação de commodities agrícolas, como soja, açúcar e carnes"

Efeito do câmbio

Os trabalhadores da indústria viram seu poder de compra aumentar em fevereiro. A folha de pagamento cresceu 3,6%, em termos reais, na comparação com janeiro – o que gerou um avanço de 3,1% na média móvel trimestral, maior patamar desde o início da série do IBGE, iniciada em 2001 –, e 5,4% em relação a fevereiro do ano passado, de acordo com o IBGE. O acumulado no primeiro bimestre de 2007 ficou em 4,7%, em comparação com 2,6% no último bimestre de 2006. A taxa anualizada, indicador acumulado nos últimos doze meses, apontou avanço frente a janeiro: 1,7%.

IGP-M tem deflação de 0,16%, a 1-ª do ano

O Índice Geral de Preços do Mercado (IGP-M) registrou variação negativa de 0,16% no primeiro decêndio de abril ante alta de 0,19% em igual período de março, segundo a Fundação Getúlio Vargas (FGV). A primeira deflação do ano surpreendeu analistas que esperavam taxa entre 0% e 22%.