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Moradores do Parque da Vaqueijada, no P Norte, em Ceilândia, reagiram à ordem do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda(PFL), de derrubar 174 casas e barracos na região. Na manhã desta terça-feira, eles receberam com paus e pedras os cerca de 500 policiais militares. Um conflito marcou o início da operação. Segundo informações da Polícia Militar, dez pessoas foram presas por resistiram à ação e três policiais saíram feridos.
Antes da operação, que teve início às 10h10, os moradores da localidade se concentraram na tentativa de evitar as derrubadas. Eles fizeram um paredão humano e queimaram pneus para impedir a passagem de tratores. Após o início da ação, muitos entraram em casa e se recusaram a sair. "Só saio daqui morto", disse Mauro Roberto Santos, funcionário de serviços gerais, que segurava um bebê de cinco meses.
De acordo com o coronel Eduardo Ferreira, comandante do Policiamento Regional Oeste, a ordem é prender quem tentar impedir o trabalho. Indignados, moradores do condomínio carregaram faixas de repúdio ao governador José Roberto Arruda(PFL) . O representante comunitário Marco Aurélio Oliveira Barbosa afirma que muitas famílias vão ficar na rua após a derrubada. “Antes, pelo menos, consultavam a população e se discutia para onde as famílias iriam. Agora, o Arruda chega e faz uma operação relâmpago”, alega o representante comunitário. Ele também reclamou que ninguém aparece no Condomínio para combater a violência. “Para derrubar casa de pobre, aparece um comboio”, reclama.
No sábado, uma operação do Siv-Solo colocou abaixo o muro que fica em frente ao parque. Segundo o coronel Djalma Lins Silva Filho, subsecretário do Svi-Solo, , a operação não vai parar enquanto não for derrubado o último barraco. Além dos militares, participam da operação o Batalhão de Operações Especiais (Bope), um pelotão de polícia montada, policiais da Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam) e agentes do Siv-Solo. Ao todo são 800 pessoas envolvidas.
Desespero
Homens, mulheres e crianças choravam desesperados ao verem suas casas sendo destruídas. A doméstica Marli Pereira dos Santos, 52 anos, acompanhou aos prantos a derrubada da casa da cunhada. Ela foi encaminhada às pressas ao hospital após passar mal. “Aí ‘tá’ tudo que ela tem. Ela trabalhou três anos como faxineira para construir esse barraco”, lamenta. Em outro local, uma criança de cerca de seis anos se atirou aos pés de um militar pedindo para que ele não destruísse a casa onde morava. “É a nossa vida moço”, disse.
Destino
A assessoria da Secretaria de Ação Social e Trabalho informou que levantamento feito pelo órgão indica que a maioria dos moradores tem para onde ir. Aqueles que quiserem retornar a seus estados de origem terão as despesas com passagens de ônibus pagas pelo governo. Votou nele? Parabéns pra você!!
Helena
Moradores do Parque da Vaqueijada, no P Norte, em Ceilândia, reagiram à ordem do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda(PFL), de derrubar 174 casas e barracos na região. Na manhã desta terça-feira, eles receberam com paus e pedras os cerca de 500 policiais militares. Um conflito marcou o início da operação. Segundo informações da Polícia Militar, dez pessoas foram presas por resistiram à ação e três policiais saíram feridos.
Antes da operação, que teve início às 10h10, os moradores da localidade se concentraram na tentativa de evitar as derrubadas. Eles fizeram um paredão humano e queimaram pneus para impedir a passagem de tratores. Após o início da ação, muitos entraram em casa e se recusaram a sair. "Só saio daqui morto", disse Mauro Roberto Santos, funcionário de serviços gerais, que segurava um bebê de cinco meses.
De acordo com o coronel Eduardo Ferreira, comandante do Policiamento Regional Oeste, a ordem é prender quem tentar impedir o trabalho. Indignados, moradores do condomínio carregaram faixas de repúdio ao governador José Roberto Arruda(PFL) . O representante comunitário Marco Aurélio Oliveira Barbosa afirma que muitas famílias vão ficar na rua após a derrubada. “Antes, pelo menos, consultavam a população e se discutia para onde as famílias iriam. Agora, o Arruda chega e faz uma operação relâmpago”, alega o representante comunitário. Ele também reclamou que ninguém aparece no Condomínio para combater a violência. “Para derrubar casa de pobre, aparece um comboio”, reclama.
No sábado, uma operação do Siv-Solo colocou abaixo o muro que fica em frente ao parque. Segundo o coronel Djalma Lins Silva Filho, subsecretário do Svi-Solo, , a operação não vai parar enquanto não for derrubado o último barraco. Além dos militares, participam da operação o Batalhão de Operações Especiais (Bope), um pelotão de polícia montada, policiais da Ronda Ostensiva Tático Metropolitana (Rotam) e agentes do Siv-Solo. Ao todo são 800 pessoas envolvidas.
Desespero
Homens, mulheres e crianças choravam desesperados ao verem suas casas sendo destruídas. A doméstica Marli Pereira dos Santos, 52 anos, acompanhou aos prantos a derrubada da casa da cunhada. Ela foi encaminhada às pressas ao hospital após passar mal. “Aí ‘tá’ tudo que ela tem. Ela trabalhou três anos como faxineira para construir esse barraco”, lamenta. Em outro local, uma criança de cerca de seis anos se atirou aos pés de um militar pedindo para que ele não destruísse a casa onde morava. “É a nossa vida moço”, disse.
Destino
A assessoria da Secretaria de Ação Social e Trabalho informou que levantamento feito pelo órgão indica que a maioria dos moradores tem para onde ir. Aqueles que quiserem retornar a seus estados de origem terão as despesas com passagens de ônibus pagas pelo governo. Votou nele? Parabéns pra você!!
Helena
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