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quinta-feira, 11 de janeiro de 2007

Café do Brasil tem a maior exportação de todos os tempos



O Brasil alcançou em 2006 a maior exportação de café de sua história. A receita obtida com a venda do produto ao exterior foi a maior desde 1727, quando o País se tornou um produtor de café. Em volume, as vendas atingiram o segundo maior de todos os tempos. Influenciados pela recuperação dos preços no mercado internacional, os embarques do café geraram uma receita ao País de US$ 3,289 bilhões no ano passado, um crescimento de 12,7% na comparação com 2005, segundo os dados do Conselho dos Exportadores de Café do Brasil (Ce-café), divulgados ontem.

Em volume, o Brasil vendeu 27,298 milhões de sacas de café (de 60 quilos) ao mercado externo, 4,2% superior ao vendido em 2005. É o maior embarque desde 2002, quando as exportações somaram 28,138 milhões de sacas, até então o maior da história. Para este ano, o Cecafé espera um avanço de 1,24% na receita das exportações. O percentual poderá ser menor porque a produção brasileira na safra 2007/08 será 10,25% inferior, segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).

De acordo com a Safras & Mercado, os preços do café arábica na Bolsa de Nova York (Nybot), que iniciaram o ano a US$ 143,66 a saca de 60 kg, encerraram 2006 com ganho de 15% - US$ 165,35 a saca. As indústrias venderam o produto a um preço médio (incluindo todas as qualidades do café) de US$ 120 a saca, um aumento de 8,10% ante os US$ 111 a saca em 2005. A diferença entre o preço praticado pela indústria e o negociado em Nova York, segundo o diretor-geral do Cecafé, Guilherme Braga, ocorre porque as cotações oscilaram bastante no pregão, sobretudo no primeiro semestre. O resultado das exportações foi considerado positivo pelo executivo. Segundo ele, a cifra demonstra a recuperação dos preços mediante o equilíbrio entre a oferta e demanda.

"Foi um ano em que os preços ficaram maiores que o custo de produção’’, disse Braga. Os preços médios do arábica pagos ao produtor saíram a R$ 280 a saca, enquanto os custos médios a R$ 220 a saca, segundo o Cecafé. Braga diz que após 2002, auge da crise dos preços de café, as cotações vêm crescendo a cada ano graças ao equilíbrio entre oferta e demanda. Acrescenta que o café brasileiro ganhou mais qualidade e conquistou uma posição mais favorável no mundo, consolidando a liderança em exportação conquistada a partir de 1860. A estimativa é de que a participação das vendas do produto tenha subido 1,5 ponto percentual no ano passado para 32% do mercado mundial.

Foram embarcadas 22,993 milhões de sacas de café arábica no ano passado, 6,67% maior que em 2005. As exportações do robusta foram de 1,365 milhão de sacas, 23,41% mais que no ano anterior. Já as vendas do café solúvel caíram 16,62% de 3,525 milhões de sacas em 2005 para 2,939 milhões de sacas no ano passado. Os principais compradores do produto foram a Alemanha, Estados Unidos, Itália e Japão. Em dezembro, o Brasil exportou 2,778 mil sacas de café, 21% superior que o de igual período de 2005. A receita foi de US$ 355,9 mil, 34,3% maior.


Helena

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