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domingo, 26 de novembro de 2006

Presidente da Petrobrás: “Globo e Folha foram irresponsáveis”


Em entrevista coletiva, o presidente da Petrobrás, José Sérgio Gabrielli, classificou de “irresponsável” e “mau jornalismo” matérias veiculadas por dois jornais do Rio e de São Paulo tentando mostrar um suposto favorecimento da estatal a ONGs que seriam ligadas ao PT e a empresas que doaram recursos a campanhas eleitorais de candidatos deste partido. “O que saiu no Globo e na Folha é irresponsabilidade profissional”, disse Gabrielli. “O que tem sido publicado é, ao nosso ver, um ajuntamento de informações que interessa ser divulgado. É uma completa ilação, irresponsável, tentando associar situações que não estão relacionadas com a ação da Petrobrás”, acrescentou.

Presente na coletiva, um dos autores das matérias recebeu a reprimenda de Gabrielli, que acrescentou: “Evidentemente, você não é uma pessoa bem-vinda aqui”.

“Eu poderia, por exemplo, fazer uma ilação de que há coincidência muito grande entre a posição do PFL neste momento e o que você está fazendo. Com o que o senhor Heráclito Fortes está fazendo com a sua matéria, poderia dizer que você está trabalhando para o PFL”, disse ao repórter de “O Globo”.

“Nosso investimento (R$ 22,6 bilhões) tem impacto enorme na economia. E as matérias falam em contratos de R$ 31 milhões. É completa irrealidade e falsidade. Temos 70 mil fornecedores. Escolher, entre eles, alguém que tenha alguma vinculação é a coisa mais fácil”, frisou Gabrielli. Para ele, é “muito fácil” pegar declarações de doações de empresas e depois dizer que foram “para o partido A, B ou C e, a partir daí, buscar as relações com a Petrobrás”.

Em palestra a executivos, no mesmo dia, Gabrielli disse que se for feita uma pesquisa entre as empresas que têm negócios com a Petrobrás vai se encontar de tudo: “Pode encontrar empresas que o dono tem 1,20m; empresas que o dono não gosta de futebol; que o dono é baiano; que o dono doou para o PFL. Vai encontrar tudo. Pode procurar que acha”.

Gabrielli esclareceu que a Associação Brasileira de Engenharia Industrial (Abemi) - que segundo as matérias receberia R$ 268 milhões para formação de 70 mil profissionais nos próximos dois anos - não receberá dinheiro. “Os recursos serão repassados diretamente para as instituições que vão treinar os profissionais”, sublinhou.

Em nota, a Petrobrás informou que entre as inúmeras instituições que participam de programas sociais da Petrobrás está, inclusive, a Fundação Roberto Marinho. Além disso, o jornal “O Globo”, “TV Globo” e revista “Época”, do mesmo grupo, aquinhoam-se de parte das verbas publicitárias da estatal.

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