Acusado de ser o chefe de uma quadrilha que desviou pelo menos R$70 milhões de verbas públicas de Rondônia, o deputado Carlão de Oliveira ex PSDB e agora (PSL) foi solto ontem de manhã e reassumiu o cargo de presidente da Assembléia Legislativa do estado. O deputado foi preso na Operação Dominó, deflagrada pela Polícia Federal no dia 4 de agosto, contra o desvio de recursos públicos na Assembléia, no Judiciário, no Ministério Público, no Tribunal de Contas e no Executivo de Rondônia.
Carlão de Oliveira foi recepcionado pelos deputados e funcionários da Assembléia com fogos de artifício, pétalas de rosa e os agradecimentos a Deus pela libertação do deputado. No percurso até seu gabinete, Carlão era aplaudido e pétalas de rosas eram jogadas sobre o parlamentar. Os deoutados gritavam "Rei, rei, rei, Carlão é nosso rei!".
Cerca de 30 pessoas suspeitas de envolvimento com a Operação Dominó foram presas, entre elas o juiz José Jorge Ribeiro da Luz e o diretor-geral da Assembléia, José Ronaldo Palitot. Carlão de Oliveira é considerado o líder da quadrilha. Segundo a Polícia Federal, o grupo desviou ao menos 70 milhões de reais por meio de contratos fraudulentos que partiam da Assembléia Legislativa. Os recursos públicos eram desviados para pagamentos de serviços, compras e obras superfaturadas.
Carlão foi solto graças a um habeas corpus concedido pelo Supremo Tribunal de Federal (STF). Ele estava preso por porte ilegal de arma. Carlão ficou preso 110 dias e disse que, se cometeu erros, deve pagar por eles na Justiça.
Helena
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