Não foi por falta de repasses do governo Lula que a Fundação Zerbini, que administra o Incor, acabou em situação pré-falimentar, com dívida de R$ 250 milhões. Nos últimos 11 anos (1996 a 2006), o governo repassou R$ 489 milhões para a fundação. Só em 2003, por exemplo, a União investiu R$ 23 milhões na rubrica "apoio à instalação de posto avançado do Incor em Brasília", onde são atendidos senadores e deputados. Foi mais do que o investido em "controle de doenças endêmicas", que recebeu R$ 21 milhões. Em 6 de março deste ano, o Senado registrou empenho de R$ 3 milhões para "fazer face a despesas provenientes do convênio entre o Senado e a Fundação Zerbini objetivando a instalação de um posto avançado do Incor em Brasília". O INCOR , é de responsabilidade do Governo do Estado de São Paulo. Geraldo Alckmin não repassou as verbas da Saúde adequadamente, então a obrigação agora é de José Serra, que por sinal já foi Ministro da Saúde, mas todos ficaram em silêncio diante da crise no Incor. Guido Mantega informou que vai conversar com representantes do governo do estado, já que o Incor é estadual. "Vamos juntar os esforços dos governos federal e estadual e do BNDES para equacionar o problema". Sobre a possibilidade de um banco público se tornar agente financeiro do empréstimo para a recuperação do instituto, o ministro afirmou que não quer se antecipar, porque tem prazo de 48 horas para estudar o problema com calma e profundidade. "Nós estamos falando de R$ 180 milhões de dívida financeira. São R$ 110 milhões para o BNDES e R$ 70 milhões para os bancos privados. Talvez o próprio BNDES possa fazer a reestruturação da dívida".
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