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segunda-feira, 30 de outubro de 2006

Um governo bem avaliado

Em 2002, Lula, embalado por apoios que iam dos sindicatos aos grandes empresários. Venceu no segundo turno, com 61,2% dos votos. Em 2006, chegou à eleição fustigado por meses de denúncias na imprensa e oposição. Venceu no segundo turno, com 60,8% dos votos. Como explicar que ele tenha mantido seu patrimônio eleitoral, apesar de toda a crise política? A resposta está na avaliação do governo.

Uma semana antes da eleição, a pesquisa do Datafolha mostrou que ele obteve os maiores índices de aprovação desde que o instituto começou a investigar a popularidade dos presidentes. Nada menos que 53% dos eleitores consideravam o governo “ótimo ou bom”. Outros 32% o classificavam como “regular” e apenas 15% como “ruim ou péssimo”. Reeleição é um plebiscito, uma avaliação do governo. Pela lógica política, um governante com esses números tinha toda a chance de ser reeleito.

Lula percebeu isso cedo. No final de 2005, quando os ministros desesperavam-se com a repercussão política da crise do mensalão, ele dizia: “O que decide eleição é o governo. Se o governo estiver bem, não adianta a oposição gritar”. A oposição não entendeu. Ao decidir concentrar sua campanha em ataques e denúncias contra o governo, tentou mobilizar um Brasil dizendo que o povo estava indignado com os escândalos. Um país indignado não dá ao governo 53% de “ótimo ou bom”. A oposição fez campanha para um país que não existia.


Helena

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