A não ser que seja um golpe, parte de uma trama e esteja em curso outra "operação dossiê", a pesquisa do Instituto Datafolha (FIESP, Folha de São Paulo, Daslu, Globo) revela que a válvula "seja homem uma vez na vida" não funcionou para o candidato Geraldo Alckmin. Lula abriu vinte e quatro pontos percentuais sobre Geraldo, o mentiroso. Os operadores do boneco paulista vão ter que repensar o esquema para o próximo debate, tentar desenvolver um novo tipo de válvula, já que no caso dele, levando em conta que é um sobrevivente da inquisição, esquema OPUS DEI, é impossível chegar à era do chip.
Andar ereto para Geraldo Alckmin já é um exercício que consome milhares de válvulas por dia. É tanta corrupção e podridão ao seu redor que o cheiro fétido da amoralidade tucana já nem é sentido mais por seus pares. É parte do ambiente. O povo, no entanto, sente, percebe. O médico Joseph Mengele, hoje travestido de Jorge Bornhausen, presidente do PFL (Partido da Frente Liberal), em entrevista divulgada em todo o País minimizou com seu estilho herr Hitler a adesão da candidata de seu partido ao governo do Maranhão, Roseana Sarney: "a eleição no Maranhão não tem importância".
Para esse tipo de gente o Nordeste, o Norte e as áreas pobres e miseráveis do Brasil não contam. Não são gente. Foi por isso que disse essa sandice. Está acostumado com as elites européias/arianas de Santa Catarina, sua base eleitoral. Associou-se à elite "texana" de São Paulo, que acha que botas e esporas são fundamentais para o povo "reconhecer seu lugar". O estilo macho man de Alckmin no debate não conseguiu enganar o eleitor. O cara fez um esforço tremendo para parecer uma coisa sendo outra complemente diferente: um banana. Um boneco conduzido e dirigido por FHC, ACM, siglas/nomes que, na política nacional, significam corrupção, presunção, autoritarismo.
Qualquer leigo em economia entende que quando o dito cujo fala em cortar gastos públicos está falando em cortar no social como fez o tucano/bandido (bandido/tucano, tudo a mesma coisa) FHC em seus oito anos. Ou que quando nega a privatização do Banco do Brasil está mentindo. Sua cara de pastel não esconde. O governo tucano/bandido só fez privatizar. Pegar e vender o Brasil em fatias que renderam o dinheiro suficiente para comprar a reeleição de Fernando Henrique, enriquecer Mendonça de Barros e seus filhinhos queridos (o dito é assessor de Alckmin e defendeu, domingo, dia 8, em entrevista a vários jornais, a privatização da PETROBRAS).
A pesquisa Datafolha não significa que a eleição esteja ganha por Lula. Pelo contrário mais que nunca vai ser preciso estar atento aos golpes que a mídia desfere segundo os interesses das elites paulistas que governam o Brasil. Deve servir como sinal de alerta. E, a propósito, os tucanos agora não querem nem ouvir falar em dossiê. A farsa está sendo desmontada e se o tal dossiê aparecer Serra, Barjas Negri, FHC (era o presidente, será que não sabia?) não vão ter onde meter a cara suja de tanta lama. Um detalhe final. Tudo indica que na terça-feira, entre 14 e 16 horas o candidato bandido/tucano, tucano/bandido, foi retirado às pressas de circulação para uns reajustes nas válvulas, uns apertos, até mesmo trocas de emergência.
Seu assessor econômico Yoshiaki Nakano, com a sensibilidade de elefante em loja de louças, disse que vão ser feitos cortes no orçamento sim. O que vale dizer, cortes no programa Bolsa Escola, por exemplo. Aí o candidato engasgou, tossiu, tropeçou, caiu e foi preciso um reparo de emergência para que pudesse voltar e "desmentir". O assessor esqueceu que em campanha eleitoral é preciso mentir, ainda mais sendo tucano. São os problemas de se lançar um boneco como candidato. Já dona Lu/Barbie nem está aí. Continua experimentando os quatrocentos vestidos que ganhou para doar aos pobres e estão no seu "pobre" guarda-roupa.
LAERTE BRAGA, Jornalista e Cientista Político
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