“VAMOS CHEGAR LÁ”
O candidato do PSDB, Geraldo Alckmin, minimizou o resultado da pesquisa Datafolha. “Pesquisa não se comenta. Há entusiasmo ainda maior nas ruas e vamos chegar lá, como chegamos no primeiro turno”, disse, durante evento em São Paulo.
Muda a tendência
A palavra da moda nas eleições brasileiras é vetor. Mais importante que uma pesquisa é a seqüência delas e a tendência que apontam. Durante quase toda a campanha do primeiro turno, o vetor esteve a favor de Lula. Por semanas a fio ele se manteve com índices capazes de garantir com folga a vitória em primeiro turno. Geraldo Alckmin, ao contrário, patinava em números desanimadores. O que mudou o vetor não foi o andamento normal da campanha, mas um “fato novo”. A comprar de um dossiê colocou Lula na defensiva. Nas últimas duas semanas antes do primeiro turno, o vetor mostrava um Lula em queda e Alckmin avançando a passos largos.
Essa tendência não se manteve no segundo turno, segundo as pesquisas do Datafolha. Na primeira, Lula estava oito pontos à frente, diferença que prenunciava uma eleição apertada caso Alckmin continuasse crescendo. Mas quem cresceu foi Lula e a diferença hoje chega a 20 pontos. O vetor mudou de novo, desta vez a favor do presidente. Ele mudou a campanha no segundo turno. Subiu o tom contra Alckmin e apostou na tática do medo, dizendo que o tucano poderia privatizar estatais e cortar programas sociais. Até aqui, deu certo.
Isso não significa que Lula já ganhou. Ele soube do resultado do Datafolha ontem à noite, durante um comício no Rio de Janeiro. Sorriu, mas depois fechou o rosto. “Agora eles vêm com tudo”, disse, em referência à oposição. O primeiro turno ensinou que um fato novo na última hora pode mudar o jogo. E o PT vem sendo pródigo em produzir esses fatos contra si mesmo.
Helena
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