Juíza manda apreender adesivo feito pelo PSDB que explora deficiência de Lula

A juíza da 2ª Zona Eleitoral de Porto Alegre (RS) Ângela Maria Silveira determinou busca e apreensão de adesivos ofensivos ao Presidente Lula e candidato à reeleição . O material foi feito a pedido do PSDB de Alckmin, traz o desenho de uma mão aberta, com apenas quatro dedos, dentro de um círculo atravessado por uma tarja símbolo de "proibido". Abaixo do desenho, a frase "+4? Não!". Os adesivos estavam sendo distribuídos pelo PSDB no Brique da Redenção, Centro da capital gaúcha. A decisão da juíza Ângela Silveira foi tomada em resposta a uma ação movida pela coligação “Frente Popular” (PT-PCdoB), que apóia o petista Olívio Dutra na disputa pelo governo gaúcho. A advogada Maritânia Dallagnol, do PT do Rio Grande do Sul, informou hoje que já comunicou o comando da campanha Lula sobre a decisão contrária à distribuição do adesivo.

"Com a apresentação de uma ação judicial similar contra o adesivo em âmbito nacional, estaríamos livres desse tipo preconceituoso de material", disse Maritânia. No Paraná, o PT solicitou ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a apreensão do mesmo adesivo. O juiz Roberto Bacellar, porém, negou o pedido liminar. Em sua decisão, o magistrado paranaense alegou desconhecer a autoria do material, e que o mesmo não teria conotação política.O mérito da ação ainda não foi julgado. Como forma de rebater o caráter preconceituoso do adesivo, que segue liberado no Estado, o mandato do deputado federal Dr. Rosinha (PT-PR) lançou um outro.

"Sou contra o preconceito.

Sou Lula", diz o adesivo, ao lado do desenho de uma mão que sinaliza o "L" de Lula. "A imagem ostentada por partidários do PSDB agride não apenas Lula, mas todos os trabalhadores que foram mutilados no ambiente de trabalho", afirma o deputado federal Dr. Rosinha. "Mostra o preconceito que a elite brasileira tem contra pessoas que são vítimas de um processo de exploração no trabalho de responsabilidade dessa própria elite." O presidente Lula perdeu o dedo mínimo da mão esquerda num acidente de trabalho, quando era torneiro mecânico em fábrica do ABC paulista..

Helena