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segunda-feira, 9 de outubro de 2006

Frossard prega voto nulo e César Maia diz que apoio de Garotinho a Alckmin é “tiro na cabeça”


A deputada federal Denise Frossard (PPS), candidata ao governo do Estado do Rio, informou na quarta-feira que rompeu com a candidatura de Geraldo Alckmin (PSDB), em função do acordo do tucano com o ex-governador Anthony Garotinho. “O Alckmin não gosta do Rio, definitivamente. Constatei isso ontem. Retiro o meu apoio a ele, que agora não está mais autorizado a usar a minha imagem”, disse.

Frossard anunciou também que vai anular o voto para eleições presidenciais no segundo turno. “Vou anular o meu voto. Agora vou me dedicar e me preocupar somente com a minha candidatura aqui no Rio”, frisou.

Já o prefeito do Rio de Janeiro e vice-presidente nacional do PFL, César Maia, que apóia a candidatura de Frossard, avalia que “do ponto de vista político, no Rio, foi um tiro na cabeça. Parece que ele [Alckmin] não entendeu bem a eleição no Rio”.

Maia considerou o apoio de Garotinho ao tucano “um desastre”. “Garotinho está lá não para apoiar Alckmin, mas em função dos resultados que Alckmin teve no interior do Estado”, acrescentou.

O prefeito carioca disse ainda que no segundo turno a campanha de Alckmin no Rio vai ser tocada apenas pelo PSDB. “O Alckmin passeia com o Garotinho e nós andamos com a Denise Frossard. Nós queremos essas águas bem separadas”, afirmou Maia.

Alckmin, por seu lado, manteve sua posição e bancou o apoio de Garotinho e Rosinha, minimizando a reação de Frossard e César Maia. “Não vou proibir ninguém de me apoiar, quer apoiar o Geraldo, eu agradeço”, disse Alckmin. Fernando Henrique também assinou embaixo do candidato tucano sobre a aliança.

O ex-governador e senador eleito pelo PMDB de Pernambuco, Jarbas Vasconcelos, declarou que “essa história de que todo apoio é bem-vindo não é verdade”. “Eu não queria esse apoio”, disse Jarbas, avaliando que Garotinho “não vai acrescentar coisa nenhuma”.

Esse alvoroço na campanha de Alckmin foi articulado pelo deputado Michel Temer, presidente do PMDB, que, mesmo sem autorização do partido, esteve com Garotinho e Rosinha Matheus no encontro em que oficializou o seu apoio e de ambos ao tucano. Questionado sobre a revolta provocada pelo apoio da governadora do Rio e de seu marido a Alckmin, Temer desprezou o peso da saída de Frossard e César Maia da campanha tucana dizendo que isso “não terá consequências”. Ele disse que o fato de Alckmin ficar sem palanque no Rio “não vai alterar” nada, porém, também não quis garantir o contrário: “Claro que o tempo é que vai dizer. Não saberia prever”.

CASSOL

Geraldo Alckmin ainda defendeu o apoio do governador reeleito de Rondônia, Ivo Cassol, que já foi do PSDB e, para manter as aparências, teve que sair do partido por causa das denúncias de corrupção no Executivo, Judiciário e Legislativo. Ao comentar os apoios, Alckmin foi questionado por um repórter se continuava a acreditar na frase que sempre repete “diga-me com quem andas que te direi quem és”. “Continuo, não mudo absolutamente nada. As pessoas votam em quem quiser”, respondeu e destacou que não tem “aliança com ninguém”, a não ser, tergiversou ele, “com o povo brasileiro”.

Renata F

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