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terça-feira, 12 de setembro de 2006

Oportunidade histórica


A visita ao Brasil do primeiro-ministro indiano, Manmohan Singh, tem potencial para fazer história além do simbolismo de ser a primeira de um chefe de governo da maior democracia do mundo em 38 anos — desde Indira Gandhi, filha do primeiro governante do país após a independência, Jawaharlal Nehru

Especial atenção merece a reunião prevista para amanhã, quando se juntará ao presidente Lula e ao premiê Singh o chefe de Estado da África do Sul, Thabo Mbeki. A primeira reunião de cúpula do Fórum de Diálogo Índia-Brasil-África do Sul (Ibas) deverá marcar o estabelecimento de um grupo de trabalho com a missão de aplainar o caminho para um acordo de livre comércio entre os dois países e o Mercosul. As trocas entre Brasil e Índia estão no patamar de US$ 2 bilhões, e a expectativa é de alcançar a marca de US$ 5 bilhões até o fim da década.

Índia e África do Sul foram duas direções estratégicas claramente definidas para a política externa do governo Lula desde o discurso de posse. No início de 2004, o presidente brasileiro foi visitar o gigante asiático. Ao lado de Alemanha e Japão, os dois países formularam uma proposta para a reforma das Nações Unidas, incluindo os quatro como membros permanentes de um Conselho de Segurança ampliado para representar a nova ordem mundial. Quanto à África do Sul, que também coleciona complementaridade e assimetria com o Brasil, a aproximação foi iniciada com o fim do regime racista do apartheid, em 1994, e igualmente se acelera nos últimos anos.

Helena

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