Pesquisa mostra que queda no nível de pobreza entre 2003 e 2005 é a maior dos últimos 10 anos
No mesmo período, miséria recua 19,18%, mais que entre 1993 e 1995, quando diminuiu 18,74%
Número de pessoas que vivem com apenas US$ 1 a US$ 2 por dia cai pela metade de 1993 a 2004
A queda no nível de pobreza entre 2003 e 2005 é a maior dos últimos 10 anos. Neste período, a miséria no País caiu 19,18%, mais do que entre 1993 e 1995, quando houve outro ciclo de forte queda (18,47%). A pesquisa Miséria, Desigualdade e Estabilidade: O Segundo Real, divulgada pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) ontem, mostra ainda que a miséria ainda atingia 28,2% da população brasileira, em 2003, e chegou a 22,7% em 2005.
O percentual, o mais baixo desde 1992, quando o estudo começou a ser feito, mostra, no entanto, que em torno de 42 milhões de pessoas ainda vivem na miséria. Segundo o coordenador da pesquisa, Marcelo Néri, chefe do Centro de Políticas Sociais da FGV, a queda acumulada no nível de miséria – registrada nas três últimas Pnad – é equivalente à que ocorreu na época do Plano Real.
“Basicamente, se a gente olhar, desde 1993, a miséria brasileira cai de 35% para 28%, . de 2003 para cá ela cai de 28% para 22%, uma redução bastante expressiva”, ressaltou.
Ganho é expressivo
Segundo o diretor do Departamento de Avaliação e Gestão da Informação do Ministério do Desenvolvimento Social, Rômulo Paes, de 2003 para 2004, o ganho foi expressivo para os 50% mais pobres. No entanto, no período de 2004 a 2005, com o salário mínimo reajustado e o aumento do trabalho formal, o universo de beneficiados cresceu. “Os ganhos foram mais bem distribuídos de 2004 para 2005. Se no período anterior houve um crescimento substantivo para a população mais pobre, agora todos os grupos de renda são atingidos.”
Poder de compra
Dados do estudo Miséria em Queda da Fundação Getúlio Vargas mostram que, em 1993, 6,08% da população tinha poder de compra abaixo de um dólar por dia. Em 2004 esse número caiu para 2,25%. Uma das metas do milênio da ONU é reduzir pela metade, entre 1990 e 2015, o número de pessoas que vivem com até um dólar por dia. O estudo revela que reduziu quase pela metade a quantidade de pessoas cujo poder de compra variava entre US$ 1 e US$ 2 por dia. Essa parcela representava 16,11% da população em 1993, caindo para 8,4% em 2004. Conseguiu ainda elevar o número de habitantes que podem consumir mais de US$ 4 por dia. O número era 66,58% em 1993 e saltou a 81,68% em 2004.
Estudo da FGV tem respostas para quem pergunta qual a razão da popularidade de Lula. Centro de Políticas Sociais da Fundação Getúlio Vargas flagra redução da pobreza e distribuição de renda em três anos e atribui isso ao crescimento do emprego e da renda e aos programas sociais -- notadamente ao Bolsa Família.
Você pode ler um resumo pequeno, clique aqui e veja, o que a Folha On Line fala do Estudo. Se preferir conferir o fenômeno em sua integralidade, vá ao portal da FGV clicando aqui.
Helena
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