O renomado jurista Dalmo de Abreu Dallari é professor emérito e ex-diretor da Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), professor visitante da Universidade de Paris X-Nanterre e membro honorário da comissão Internacional de juristas com sede em Genebra (Suíça).
Em entrevista ele avaliou o atual cenário político brasileiro como um momento em que há comprometimento com a Justiça Social e que, mesmo diante diante de escândalos envolvendo políticos, o povo está assumindo seu papel em participar. “Nós temos implantado um sistema democrático, uma constituição moderna, democrática, comprometida com a Justiça Social. Então, essas denúncias que vem ocorrendo são fogos de vista, isto é apenas um teatro, um espetáculo que está ligado a questão eleitoral e também da tomada de poder e exercício do poder”, argumentou Dallari.
O jurista criticou a atitude de muitos políticos que fazem denúncias infundadas e buscam atingir as pessoas e não idéias ou linhas de governo. “As elites tradicionais brasileiras sempre gozaram de muitos privilégios, sempre praticaram muita corrupção e se aproveitaram muito dos recursos públicos, agora essas elites não se conformam em ter um operário na presidência da República, não se conformam que um governo dê tanta importância aos serviços sociais, por isso querem até revogar a Constituição”, afirmou.
Para ele, as séries de denúncias envolvendo políticos também mostram o comprometimento do governo. “Isso demonstra que o Governo está num bom caminho”, salientou. Apesar do descrédito e decepção pela população, Dallari destaca que os brasileiros ainda acreditam nos caminhos políticos para a melhoria das condições sociais. “O próprio apoio que o povo vem dando ao presidente Lula mostra que não é tanto descrédito assim, afinal ele é um político e vem recebendo um enorme apoio da população, inclusive a imprensa que é ostensivamente contra ele”, complementou.
Dallari ministrou a palestra ‘Novo Constitucionalismo: compromisso social’ ontem, durante o simpósio que encerra amanhã, em Sinop,Norte do Mato Grosso, com a participação de juízes, advogados, promotores e acadêmicos.
Helena
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