Pages

sexta-feira, 25 de agosto de 2006

Vedoin põe tucano na mira da CPI


O senador Antero Paes de Barros (PSDB-MT) pode se transformar no novo foco de investigação da CPI dos Sanguessugas. O tucano voltou a ser acusado ontem de fazer parte da máfia. O empresário Luiz Antônio Vedoin, um dos donos do grupo Planam, fornecedor das ambulâncias para as prefeituras, entregou ao juiz substituto da 3ª Vara Federal de Cuiabá, César Bearsi, documentos, fotos e até fitas de vídeo que confirmariam o envolvimento do senador tucano com o esquema investigado pela CPI dos Sanguessugas e pela Procuradoria Geral da República. Os mesmos documentos serão entregues à comissão de inquérito do Congresso. O sub-relator da CPI deputado Raul Jungmann (PPS-PE) se adiantou e informou ontem mesmo que vai requisitar a documentação e pedir explicações a Luiz Antônio sobre qual foi o motivo de apresentar as provas contra o senador tucano só agora.

Em uma nova declaração por escrito, Luiz Antônio garantiu que seu pai, Darci Vedoin, foi ao gabinete de Paes de Barros onde acertou os detalhes da execução das emendas para as cidades de Denise, Mirassol D’Oeste, Nossa Senhora do Livramento e São José dos Quatro Marcos. Além das emendas com recursos do Orçamento da União para que as prefeituras comprassem ambulâncias da Planam com preços superfaturados e documentação irregular, também houve, segundo Luiz Antônio, o pagamento de 10% como propina sobre o total de R$ 320 mil referentes a quatro emendas para a compra de ambulâncias.

Numa das fotos apresentadas por Luiz Antônio ao juiz, aparece o senador ao lado do deputado Lino Rossi (PP), acusado pela CPI dos Sanguesugas de receber R$ 3 milhões em propina. Segundo a denúncia de Luiz Antônio, o deputado Lino Rossi, que desistiu de concorrer à reeleição, negociou recursos de bancada com os deputados do Mato Grosso Welinton Fagundes (PL), Pedro Henry (PP), Ricarte de Freitas (PTB) e com o senador tucano.

Uma fita de vídeo produzida pela própria Planam, também entregue ao juiz, mostra o ex-prefeito de Pontes e Lacerda Nelson Miúra agradecendo o “empenho” de Paes de Barros pela liberação de uma ambulância e recursos para o município. Luiz Antônio havia afirmado na semana passada que pagou R$ 40 mil de propina ao deputado Lino Rossi para que repassasse o dinheiro ao senador.

Investigação

Até agora, Paes de Barros não está sendo processado pela Procuradoria Geral da República no caso dos sanguessugas. Também não foi denunciado pela CPI que investigou a máfia das ambulâncias. Candidato ao governo do Mato Grosso com poucas chances de vitória, mas pelo visto ninguém tem coragem de mexer com o senador tucano. A lei é para todos? parece que quando chega ao PSDB não é.


Helena

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração