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sábado, 12 de agosto de 2006

Secretário de Alckmin rejeita a ajuda federal e caos se alastra


Enquanto governo Lula e FFAA se prontificam, tucanos preferem que São Paulo e seu povo se danem e fiquem à mercê dos bandidos

O comandante do Exército, general Francisco Albuquerque, diante da necessidade de vir a atuar no combate aos atentados do crime organizado que aterrorizam São Paulo, afirmou que “o Exército está sempre pronto para atuar”. Da mesma forma, o general Luiz Edmundo Maia de Carvalho, comandante militar do Sudeste, declarou que o Exército tem 10 mil homens prontos para entrar em ação, em caso de solicitação do governo do Estado. Acrescentou que o Exército poderia usar em São Paulo o conhecimento conquistado na missão de paz no Haiti: “Nossas tropas estão em condições e têm experiência adquirida”.

DESRESPEITO

A completa falta de respeito dos marginais pelas autoridades do Estado, verificada nos episódios do início da semana, com a explosão de bombas nos prédios do Ministério Público e Secretaria de Fazenda, além dos atentados com granadas e bombas de fragmentação que atingiram alvos civis e mais uma vez tumultuaram o sistema de transportes coletivos, mostraram - e pela terceira vez em pouco tempo - a falência da administração do PSDB em São Paulo, com a polícia sem comando, tendo à frente um incompetente e boquirroto, o secretário de Segurança de Alckmin, Saulo de Castro Abreu. Até mesmo viaturas da Polícia Civil foram incendiadas em pleno pátio do Departamento de Investigações sobre o Crime Organizado (DEIC), justamente a divisão da polícia encarregada de reprimir esses marginais. Ou seja, sabendo por quem está sendo dirigida a polícia, o banditismo perdeu qualquer respeito, fazendo o que quer em São Paulo, paralisando a maior cidade do país na hora que bem entende, e levando terror à população, impedida de trabalhar em meio à ação dos criminosos.

Em todos os ataques a São Paulo, o governo paulista, sob pressão de Serra e Alckmin e com o tucano Saulo de Castro na Secretaria de Segurança, disse que a situação estava “sob controle” e rejeitou qualquer ajuda do governo federal. Até R$ 100 milhões que o governo federal colocou à disposição de São Paulo não foram utilizados pelo governo paulista: simplesmente a Secretaria de Segurança não elaborou um único projeto para obter essa verba. Evidentemente, a conciliação, e mesmo cumplicidade com o crime organizado, só serviu para tornar os ataques mais graves e mais impunes. Na situação atual, só resta à população de São Paulo esperar pela quarta onda de ataques, pela quinta, pela sexta...

É, portanto, evidente, a necessidade das tropas e da ajuda federal para restabelecer a autoridade e o respeito pelas leis em São Paulo. Ou é isso ou o caos, isto é, o domínio do Estado pelo crime. Como disse o ministro da Justiça, a presença das Forças Armadas teria um efeito dissuasório poderoso para intimidar a ação dos criminosos. Mais ainda quando as atuais autoridades estaduais da área de Segurança, durante 12 anos se submeteram às imposições do banditismo, desmoralizando-se tanto diante dos bandidos quanto da própria polícia. O acordo, em maio, com Marcola, Pateta e outros heróis, foi somente o episódio mais escandaloso e mais visível dessa submissão. O resultado não tardou a ser conhecido. Ao contrário de barrar o ímpeto dos criminosos, fez com que fosse estimulado, produzindo novas e mais despudoradas ações de banditismo.

INCOMPETENTE

O secretário de Segurança tem se mostrado mais do que incompetente para enfrentar o crime organizado. As suas últimas declarações, tentando atribuir ao PT uma culpa que é, antes de tudo, sua e de seus correligionários, demonstram problemas mais graves ainda do que a incompetência. Não há qualquer condição de que ele comande a polícia contra os marginais - como, de resto, o que é a mesma coisa, não há condições de que continue no cargo. No momento, sua preocupação não é combater o crime, mas dizer que tudo está melhorando, que nada é tão grave assim, ou lançar sobre outros a responsabilidade que lhe cabe. Nisso, não se diferencia de Serra e Alckmin. Depois de desmontarem o aparato de Segurança, depois de reprimirem não os bandidos, mas a própria polícia, depois de reduzirem estupidamente o salário real dos policiais, depois de sucatearem as forças policiais, depois de preferirem o amancebamento com o crime organizado do que o combate a ele, Serra, Alckmin, Saulo e outros não querem as forças federais em São Paulo por razões óbvias: porque sabem que isso seria a demonstração mais irretorquível da sua bancarrota, inclusive moral. Portanto, preferem que São Paulo e seu povo continuem à mercê do banditismo, e que se dane o Estado e a população.(HP)


Helena

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