Pages

segunda-feira, 21 de agosto de 2006

Reviravolta em Alagoas


O assassinato do fiscal de rendas Sílvio Vianna, ocorrido em outubro de 1996, continua a provocar celeuma em Alagoas. Líder nas pesquisas para o governo do Estado, o deputado federal João Lyra (PTB) foi acusado de ser o mandante do crime pelo ex-policial militar Garibalde Amorim, em dossiê entregue recentemente à ministra Ellen Gracie, presidente do Supremo Tribunal Federal.Condenados como executores do assassinato do fiscal de rendas e por outros crimes, o ex-soldado Amorim e o fazendeiro Fernando Fidélis cumpriam pena no presídio Baldomero Cavalcante, em Maceió, quando pediram para prestar depoimento à promotoria, em outubro de 2004. “Apesar de condenados, eles se diziam inocentes, mas garantiram que um político e empresário muito influente, cuja identidade omitiram, havia revelado o fato a Fidélis, durante um período em que ele esteve foragido.”


Quase um ano depois, Fidélis foi morto dentro do presídio. O ex-soldado Amorim, por sua vez, foi liberado do regime fechado pelo juiz da Vara de Execução Penal de Alagoas, Marcelo Tadeu Lemos de Oliveira, e desde então encontra-se em um local não divulgado ao público. O mesmo juiz entregou à ministra Ellen Gracie em junho passado um dossiê sobre o caso, que contém novo depoimento de Amorim.


Com a entrega do dossiê, vio a tona novas revelações; ex-soldado Amorim e Fidélis disse que, em 2004, o deputado João Lyra teria pago um total de R$ 150 mil para que ele e Fidélis retirassem a acusação contra ele. O dinheiro teria sido dividido em três partes iguais entre Fidélis, o ex-soldado e o advogado de ambos, Iran Nunes. Cada um deles teria dado R$ 2 mil ao vereador e hoje candidato a deputado federal, Cristiano Matheus (PFL), por intermediar o contato do parlamentar com o advogado.

Sejam quais forem os desdobramentos do caso, esse é um crime com potencial para provocar instabilidade em Alagoas enquanto não for desvendado.

Helena

0 Comentários:

Postar um comentário


Meus queridos e minhas queridas leitoras

Não publicamos comentários anônimos

Obrigada pela colaboração