A disputa eleitoral dificulta o envio de tropas. Melhor para o Exército
Imprensada entre a falta de disposição do governador Cláudio Lembo e a impossibilidade política de uma intervenção federal, a solução militar para os ataques do crime organizado em São Paulo vai ter de esperar o fim do período eleitoral. Nos quartéis, 10 mil militares esperam por uma ordem que paira sobre as mesas de dois palácios, o dos Bandeirantes, na capital paulista, e o do Planalto, em Brasília. Em ambos os fronts, a mesma avaliação: se Lembo aceitar a ajuda das tropas comandadas pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva será o fim antecipado da candidatura do ex-governador Geraldo Alckmin. Enquanto isso, o pau come em São Paulo.
O ministro da Defesa, Waldir Pires, tem como posição formal a não-participação das Forças Armadas em crises de segurança pública estaduais. Acredita, no entanto, que a seqüência de ataques a bancos, postos de gasolina, postos policiais e ônibus na capital paulista, sem falar no seqüestro de um jornalista da TV Globo, levou o tema aos limites da Constituição. Ou seja, da defesa da lei e da ordem. “Nesse caso, a participação das Forças Armadas deve dar-se pontualmente, excepcionalmente”, diz o ministro. “Mas isso não se dará, pelo menos agora, em forma de intervenção”, arremata.Da Carta Capital
Helena
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