O ministro da Fazenda, Guido Mantega, deve receber quarta-feira um estudo sobre medidas para estimular o setor habitacional, informou uma fonte do ministério. Entre as medidas em análise está a criação de crédito consignado (empréstimo com desconto no contracheque) para habitação e também a permissão para os bancos operarem com taxas de juros fixas, em substituição à TR que corrige os empréstimos do segmento. O objetivo é reduzir os juros cobrados nesses financiamentos.
O ministro das Cidades, Márcio Fortes, informou por meio de sua assessoria de imprensa, que as medidas em estudo na Fazenda, só valerão para os financiamentos do Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimo (SBPE), cuja origem dos recursos é a caderneta de poupança. Estão fora os financiamentos com recursos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), destinados à população de menor renda.
No início do ano, o governo anunciou um pacote com medidas de ampliação de oferta de crédito – previsto para chegar a R$ 18,7 bilhões em 2006 – e desonerações tributárias, estimadas em R$ 1 35 bilhões, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrado sobre os materiais para construção, como caixas d’água, portas, janelas de madeira, tintas e cerâmicas. O incentivo ao crédito habitacional também se insere no esforço do governo de atacar o problema dos juros elevados cobrados ao clientes bancários, tema prioritário para a equipe econômica.
Helena
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