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segunda-feira, 7 de agosto de 2006

Está desempregado?: Falta mão-de-obra para a Bacia de Santos


Novo pólo produtor terá 14 plataformas e produzirá 30 milhões de m³ de gás nos próximos 5 anos. "Procura-se engenheiro especializado para trabalhar em futuras plataformas petrolíferas".O leitor que não acompanha de perto o setor logo imaginaria uma onda de contratações por parte da Petrobras, a maior empresa do País, com lucro líquido de R$ 23,7 bilhões em 2005. No entanto, a estatal está com enorme dificuldade para encontrar no mercado mão-de-obra qualificada capaz de preencher as inúmeras vagas que surgem nos campos de produção e exploração de petróleo e gás, sobretudo na Bacia de Santos - a menina dos olhos da empresa, que vai receber investimentos de US$ 18 bilhões em dez anos e será a segunda maior em número de plataformas de grande porte (próprias para águas profundas), ultrapassando a tradicional Bacia do Espírito Santo.

A falta de técnicos para atuar na Bacia de Santos reflete, em parte, a pressa da Petrobras para colocar em prática seu plano de antecipação da produção de gás natural - traçado em comum acordo com o governo federal depois que a Bolívia, o principal fornecedor do insumo ao País, anunciou a nacionalização de todas as suas reservas naturais, em 1º de maio. A meta da estatal é aumentar, até o fim de 2008, a produção interna de gás em mais de 24 milhões de metros cúbicos diários, passando dos atuais 15,8 milhões de metros cúbicos por dia para cerca de 40 milhões - volume anteriormente esperado para ser alcançado em sete anos.

O outro motivo para a escassez de pessoal é a própria dimensão da Bacia de Santos, descoberta em 2003 e que, apesar de levar o nome da cidade do litoral sul paulista, abrange outros três estados - Rio de Janeiro, Santa Catarina e Paraná. Há na Bacia cinco diferentes pólos produtores (Merluza, Mexilhão, BS-500, Sul e Centro), que, no médio prazo (entre 2007 e 2011) irão receber investimentos de US$ 7 bilhões - uma parte considerável - 30% - dos US$ 22,1 bilhões que estão previstos para serem aplicados pela estatal e parceiros somente no setor de gás nos próximos cincos.


Helena

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