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terça-feira, 22 de agosto de 2006

Hospitais caóticos


Em São Paulo, o governo paulista do PSDB-PFL entregou às “organizações sociais”, 18 hospitais públicos, 3 ambulatórios de especialidade e um centro de referência para idosos. Essas organizações, criadas pelo governo FHC por meio de MP, em 1997, e transformada em Lei 9.637/98, recebem os imóveis, os equipamentos, os servidores e os recursos públicos. A Lei das Organizações Sociais assegura à iniciativa terceirizada o “contrato de seletividade”, pelo qual permite que escolham onde alocar os recursos e quem elas querem atender nos hospitais públicos que foram construidos pelo Estado. Segundo o Simesp, pacientes graves são encaminhados para outros hospitais. Exemplos citados: Hospital de Pirajussara. No Hospital de Cotia, a administração das Organizações Sociais de Saúde fechou o pronto-socorro e só recebe doentes devidamente triados e com os cuidados iniciais já realizados pelo município. O único e grande hospital de Cotia teve sua administração retirada da rede das Santas Casas. O Santa Marcelina, na Zona Leste da capital, reduziu em 80% o atendimento de pronto-socorro porque tem um déficit anual de R$ 60 milhões. O Incor também acumula prejuízo de R$ 100 milhões. Nos hospitais administrados pelas Organizações Sociais não são tratadas doenças de alta complexidade, não há unidades para hemodiálise, para os politraumatizados, bem como para as internações prolongadas. Não fazem transplantes de órgãos, nem oferecem medicação de alto custo.

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