O presidente Lula fez uma desabafo sobre o Congresso Nacional neste sábado, disse que a imunidade parlamentar não pode ser usada para proteger políticos da "safadeza" e disse duvidar que o Parlamento brasileiro seja capaz de aprovar uma Reforma Política séria.
"A coisa é tão absurda que deputado ou senador pode achincalhar o presidente da República, como vocês sabem que eu fui achincalhado, e não posso abrir um processo porque tem imunidade", disse o presidente em discurso para prefeitos do Estado da Bahia, de diversos partidos.
"A imunidade é para proteger a classe política do arbítrio, mas não para proteger da safadeza", completou Lula.
Sobre a Reforma Política, Lula, em agenda de campanha em Salvador, maior colégio eleitoral do Nordeste, afirmou que a sociedade deve decidir o sistema eleitoral que deseja.
Há algumas semanas, o presidente levantou a possibilidade de se eleger uma Assembléia Constituinte para fazer a Reforma Política. A idéia foi criticada pela oposição e descartada pela Ordem dos Advogados do Brasil (OAB).
"Tenho dúvidas que o Congresso Nacional fará a Reforma Política de verdade, tenho dúvida porque eles estarão legislando em causa própria e poderão fazer muito arremedo em benefício deles próprios", disse Lula.
Ele ainda criticou o fato de os parlamentares "trabalharem dois dias na semana" e questionou o mandato de oito anos de senadores.
"Tem que ser de oito anos e não de quatro?", questionou.
Lula afirmou ainda que a crise política com as denúncias de corrupção não é "de um partido ou de uma pessoa, é da estrutura política, que é assim há muitos anos".
Helena
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