O deputado Nari Firigolo (PT) foi o único, de uma bancada de 24 deputados da Assembléia Legislativa de Rondônia, que resistiu à tentação do enriquecimento fácil e não foi apanhado pela Polícia Federal. Os 23 parlamentares restantes estão envolvidos em uma ou mais das irregularidades investigadas pela "Operação Dominó". Pelos cálculos da PF, treze deles estão envolvidos em todas as fraudes.
Como se não bastasse terem colocado filhos, esposas e apaniguados na folha de pagamentos da Casa, com salários que vão de R$ 6,5 a R$ 20 mil, os deputados montaram uma folha salarial paralela com um "laranjal" para desviar dinheiro público. A folha, apreendida nas buscas da PF, contém os nomes inseridos pelos deputados do esquema, em sua maioria pessoas humildes, suas empregadas domésticas e serviçais. Umas recebiam migalhas para alugar o nome e outras sequer sabiam do esquema. Um dos deputados usou até o nome da mãe para desviar recursos sem o consentimento dela.
A operação desencadeada hoje tem como objetivo desbaratar uma quadrilha de altos funcionários públicos especializada em desvio de recursos públicos, corrupção, peculato, extorsão, lavagem de dinheiro e venda de sentenças judiciais. Eles teriam desviado R$ 70 milhões dos cofres públicos desde 2004.
Helena
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