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domingo, 16 de julho de 2006

Um factóide de Geraldo Alckmin


Pegou mal a proposta sacada da manga pelo candidato do PSDB à presidência, em meio à ofensiva do terror em São Paulo. A criação de um Ministério da Segurança, apresentada por Geraldo Alckmin como plano de governo para combater a violência, é só purpurina.

Como se sabe, a criação de novas estruturas burocráticas só consome a energia e os recursos que deveriam servir para fortalecer as já existentes. Ao policial federal que não pode sair em missão por falta de gasolina, não será muito estimulante ver uma nova penca de contracheques brotando em Brasília em nome da segurança.

Alckmin está criando ministério com objetivo político. De quebra, avacalha seu próprio discurso de austeridade e choque fiscal, baseado justamente no corte de estruturas administrativas desnecessárias.

Para completar, o encarregado da concepção do Ministério da Segurança de Alckmin é o general Alberto Cardoso. Para quem não se lembra, era o chefe do Gabinete de Segurança Institucional no governo Fernando Henrique - governo que, como também se sabe, enfatizou as reformas na área econômica e ignorou a área da segurança. Bom marqueteiro, o general Cardoso se notabilizou como o homem que encontrou as fitas do grampo no BNDES debaixo de um viaduto, uma das histórias mais criativas da crônica política nacional.

Nessa toada, a imagem de seriedade administrativa de Geraldo Alckmin não resiste nem a um resfriado. Só falta ressuscitar José Gregori para o Ministério da Justiça. Aí o crime organizado estoura champanhe.

Renata F.

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