A senadora Heloisa Helena, do Psol, está fazendo a alegria da direita. O candidato Geraldo Alckmin comemorou o crescimento da senadora nas pesquisas de intenção de voto, pois isso lhe permite alimentar a ilusão de que a disputa à Presidência não se resolva já no primeiro turno com a vitória de Lula. A imprensa tucana igualmente está satisfeita, o que se reflete na cobertura favorável que sua campanha vem recebendo. Até mesmo a revista Veja, bastião empedernido das forças reacionárias, refratária a tudo que esteja levemente à esquerda no cenário político, mostrou-se simpática à candidata do Psol, dedicando-lhe recentemente reportagem extremamente elogiosa.
A senadora tem feito o que pode para corresponder a tantos mimos; por exemplo, aboliu do seu discurso quaisquer críticas ao que outrora se referia acidamente como "imprensa burguesa a soldo do capital internacional". Isso não significa que tenha abandonado sua conhecida combatividade. Ao contrário, aumentou o tom dos insultos costumeiramente dirigidos ao presidente Lula. Vez por outra dispara, sem sequer ficar ruborizada, que Lula e Alckmin são iguais, como se o tucano não estivesse sedento para retomar as privatizações e acabar com os programas sociais implantados pelo atual governo, para citar apenas duas diferenças gritantes. Mas para HH a verdade é um detalhe que não deve interferir na sua cruzada anti-Lula. Diante das críticas declarou: "Não vou responder aos empregadinhos de Lula", escancarando toda a sua soberba. Também se negou a responder aos demais eleitores e explicar as razões que a levaram a votar contra o ProUni.
Entre os patrões e os "empregadinhos" a senadora fez a sua escolha. Alckmin, FHC, ACM, Bornhausen et caterva aprovam.
Ah, o senador Luiz Estevão também.
Jens
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