O presidente Luiz Inácio Lula da Silva, candidato à reeleição, decidiu ontem falar sobre a oposição no campo da ética, principal mote dos adversários na campanha presidencial, e sustentou, em Florianópolis, que os governos anteriores cometeram erros maiores que os dele. “Eles não podem querer se comparar com o nosso governo na questão ética, nem em nenhuma outra área”, disse, durante ato político realizado no Centro de Convenções da capital catarinense.
Para o Presidente Lula, seus adversários são “desaforados”. E acrescentou: “Resolveram vender a idéia de que são éticos e nós não somos éticos. Não levaremos desaforo para casa. Não permitiremos que alguns que nunca foram éticos na política brasileira tentem jogar para cima do PT uma coisa que prezamos”. O evento reuniu mais de 3 mil eleitores, que o ouviram dizer: “Nunca punimos inocentes. Mas nunca inocentamos culpados. Quem errou tem de ser punido”.
O presidente criticou o que chamou de campanha difamatória contra a administração federal e citou o escândalo dos sanguessugas como exemplo de informações distorcidas. “Na verdade, fomos nós que, através da Controladoria-Geral da União (CGU), iniciamos as investigações”, sustentou. Em seguida, ressaltou que as apurações apontam para o envolvimento de “mais de cem prefeitos do PSDB e do PFL”. Lula disse ainda que “a Polícia Federal tem desmantelado quadrilhas que operavam desde a década de 90 e nunca haviam sido incomodadas por governos anteriores”.
No discurso de 40 minutos, Lula disse que não teme ser comparado a nenhum governo. “Que bom que algumas pessoas curtam tanto ódio contra nós, não pelas coisas ruins que fizemos, mas pelas coisas boas que fizemos neste país”, Sem citar nomes, Lula lembrou do episódio em que o senador Jorge Bornhausen, presidente nacional do PFL, se referiu aos petistas como “raça” que deveria acabar. “A explicação que tenho para a demonstração de ódio é que um dia eu vi um deles dizer: ‘Precisamos acabar com essa raça’. Éramos nós. Nunca vi um gesto de violência tão profundo”.
No sábado, em campanha no Rio Grande do Sul, o presidente também falou sobre a oposição e pediu à militância que responda às acusações dos adversários. Lula esteve em São Leopoldo, cidade de Getúlio Vargas, onde aproveitou para se comparar ao ex-presidente. O petista também reclamou da dificuldade de separar o papel de candidato e presidente. “É quase inseparável”, afirmou. Ele garantiu ainda que continuará “fazendo o que precisa ser feito”, em referência às críticas à liberação de recursos para o Rio Grande do Sul.
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