O presidente Luiz Inácio Lula da Silva determinou ontem em Brasília ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, que insista em colocar o aparato de segurança da União - incluindo o Exército, a Força Nacional e a Polícia Federal - à disposição do governador Cláudio Lembo (PFL), para ajudar São Paulo a debelar a onda de violência desencadeada pelo PCC. Mas Lembo adiantou, à tarde, que não aceitará reforços. "Sou grato ao presidente Lula e já aceitei ajuda de logística e informações, mas não quero força federal em São Paulo", declarou, em entrevista à Rádio Eldorado.
No encontro no Palácio do Planalto, Thomaz Bastos disse ao presidente que, apesar das dificuldades políticas, o diálogo com Lembo é bom. O ministro afirmou que a inteligência da PF já está trabalhando em esquema de coordenação permanente com as forças estaduais de segurança.
Na sexta-feira, Thomaz Bastos e Lembo, fecharam as linhas gerais de um acordo para pôr fim à era das facções, como o PCC, que comandam o crime a partir das prisões. Guardado em sigilo, o plano inclui a remoção dos principais líderes para presídios federais, bloqueio eficiente de celulares nos presídios, revista obrigatória de advogados, restrições a visitas, sobretudo íntimas, e mudanças na rotina do sistema, para impedir a formação de grupos. Segundo Bastos, mesmo que se amplie esse acordo, sempre deve ficar claro que o governo federal atuará em regime de cooperação com o Estado, e não de intervenção.
Segundo um membro do primeiro escalão do governo em Brasília, já existe a possibilidade de envio de uma equipe da Força Nacional com 300 a 500 homens para São Paulo. Ontem, o governador se reuniu com o senador Eduardo Suplicy (PT). O senador entregou cartas com reivindicações de presos de Araraquara e de agentes penitenciários. Segundo Suplicy, Lembo se dispôs a marcar uma reunião com os agentes.
Helena





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