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quinta-feira, 20 de julho de 2006

Juros reais de 1 dígito


A partir de agora, o Presidente Lula poderá dizer em alto e bom som que, em seu governo, a taxa básica de juros (Selic) atingiu o menor patamar desde a sua criação, em julho de 1986: 14,75% ao ano, resultado do corte de 0,5 ponto percentual anunciado ontem pelo Comitê de Política Monetária (Copom). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), referência para o sistema de metas de inflação do governo, fechará o ano em 3,8%, a menor taxa dos últimos oito anos.

O Copom ainda deu outra boa notícia: com a queda de ontem da Selic, os juros reais, que descontam a inflação, caíram para a casa de um dígito, o que não ocorria desde 2002, quando os índices de preços dispararam diante do temor dos agentes econômicos sobre como seria o governo Lula. Há várias formas de se calcular os juros reais. Na mais comum, o mercado desconta da Selic (14,75%) a estimativa de inflação para os próximos 12 meses (4,39%). O resultado é uma taxa real de 9,92%. Outra maneira é descontar dos contratos de swap de 360 dias (14,38%) a inflação sinalizada para 12 meses à frente (4,39%). Nesse caso, os juros reais ficam em 9,57%.

Helena

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