O Brasil deve encerrar este ano com uma benéfica - e quase inédita - combinação de crescimento econômico com inflação baixa. Pelos dados da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe), da USP, a inflação acumulada no primeiro semestre deste ano ficou em 0,1%, a menor taxa para esse período desde 1995, pelo menos. Para o ano, a Fipe reduziu sua projeção de 4% para 2,5%. Para o IPCA, índice que rege o sistema de metas de inflação, as projeções do mercado já estão abaixo de 4,0%, inferior, portanto, à meta de 4,5% definida para 2006.
Apesar do aumento da renda e da continuidade do crescimento do emprego - que indicam alta real de 5% na massa salarial no ano - os índices de preços ao consumidor desaceleraram em ritmo superior ao esperado. Parte desse movimento veio da forte deflação em alimentos, provocada pela maior oferta de produtos agrícolas . Na Fipe, o item encerrou o semestre com queda de 3,72%. Na expectativa de Paulo Picchetti, coordenador do IPC da Fipe, a deflação em alimentos já está no fim, mas a alta será moderada no segundo semestre.
As projeções para 2006 devem cair mais em decorrência do reajuste negativo nos serviços de telefonia (- 0,37% a -0,51%, dependendo da concessionária). Somados ao reajuste também negativo nas contas de luz na região metropolitana de São Paulo, eles terão um impacto de menos 0,03 ponto percentual no IPCA. No ano passado, o impacto foi positivo em 0,25 ponto.
Helena
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