A decisão do PSDB baiano de não apoiar formalmente a candidatura à reeleição do governador pefelista Paulo Souto afastou o candidato tucano à presidência, Geraldo Alckmin, das comemorações do Dia da Independência da Bahia, realizadas ontem. O desfile foi o primeiro grande ato político no Estado depois da realização das convenções que definiram as chapas para as próximas eleições
Tradicionalmente, as comemorações de Dois de Julho são tidas como um termômetro de prestígio dos políticos baianos. A ausência de Alckmin, cuja participação era tida como certa até poucos dias antes, pode ser um sinal das dificuldades que o tucano terá no Estado. O PSDB baiano não lançou candidato a governador, mas tem o ex-prefeito de Salvador, Antonio Imbassahy, como líder ao Senado. A ausência de Alckmin também pode refletir a decisão do comando da campanha de evitar sua presença em área de conflitos.
O imbróglio teve como ápice a convenção do diretório estadual, realizada na quarta-feira. De última hora, o grupo liderado pelo deputado federal Jutahy Magalhães Júnior lançou o vereador José Carlos Fernandes, o "Zé Calamidade", como candidato a governador. Após uma série de conversas do deputado com o presidente nacional do PSDB, Tasso Jereissati, o coordenador da campanha, o senador Sérgio Guerra (PSDB-PE), e o próprio Alckmin, acertou-se que a candidatura do vereador seria retirada, sob a condição de que Alckmin participasse de atos com Imbassahy nas visitas à Bahia.
Os políticos desfilam no Dois de Julho em blocos, que, entre fanfarras, grupos escolares e imagens religiosas, percorrem a pé os quatro quilômetros entre os bairros da Lapinha e Pelourinho.
O bloco do PSDB, um dos menores do desfile, era formado, entre outros, por Imbassahy, Jutahy Magalhães Júnior e o secretário municipal de Transportes, Nestor Duarte. Se tentasse desfilar no evento com o grupo do PFL, que veio mais à frente, para depois se juntar a seus colegas tucanos, Alckmin teria que se deslocar alguns quilômetros no sentido contrário ao da multidão.
Os senadores Cristóvam Buarque (PDT) e Heloísa Helena (P-SOL) também aproveitaram as comemorações em Salvador para fazer campanha. Informalmente, a chapa do PT ao governo da Bahia, encabeçada pelo ex-ministro Jaques Wagner, vai apoiar Durval. "Se o PT reconhece que pode dar apoio (a Durval), já é um avanço. Eu sempre critiquei a postura do partido de estar sempre sozinho", disse Buarque.
O prefeito de Salvador, João Henrique Carneiro, está estudando a possibilidade de se afastar temporariamente do PDT, segundo membros da coligação petista. Isso daria a ele a possibilidade de fazer campanha tanto para Durval, seu pai, quanto de subir no palanque da candidatura de Jaques Wagner. O PDT não faz parte da coligação do PT na Bahia, que tem ainda PMDB, PCdoB, PV, PSB, PTB e PMN.
Helena
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