O corregedor da Câmara, deputado Ciro Nogueira (PP-PI), é o responsável na instituição por fiscalizar se os colegas respeitam a lei e a ética. Nos casos mais extremos, cabe a Ciro pedir a expulsão dos deputados que saem da linha. Sua função, portanto, é uma daquelas para a qual vale a frase sobre a mulher de César: "Não basta a ela ser honesta, mas precisa também parecer honesta".
Na semana passada, Ciro Nogueira entrou no rol dos suspeitos do escândalo das sanguessugas - o esquema de desvio de verbas do Orçamento da União para compra superfaturada de ambulâncias. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, o corregedor da Câmara empregava em seu gabinete o assessor parlamentar Ricardo Augusto França da Silva, preso pela Polícia Federal como integrante da quadrilha das sanguessugas.
Ciro juntou-se, assim, a mais 45 parlamentares contra os quais a Procuradoria-Geral da República já instaurou inquéritos ou está prestes a fazê-lo. No mês passado, pela primeira vez na História, a polícia entrou no Congresso Nacional para prender gente. Foram presos assessores de dez deputados e de um senador, todos envolvidos com as sanguessugas. A praga se espalhou de tal maneira que contaminou até os lugares mais nobres do Parlamento. Na mesa da Câmara, sede do comando da Casa, quatro dos sete deputados são investigados por envolvimento com a máfia das ambulâncias.
Helena
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