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sexta-feira, 21 de julho de 2006

Ambulância “fantasma” em Minas


Uma comissão de vereadores confirmou a atuação da máfia das ambulâncias em Bonito de Minas, de 8,1 mil habitantes, a 603km de Belo Horizonte, no norte do estado. Documentos enviados à Polícia Federal, confirmam que o advogado Luiz Aires Cirineu Neto, atuando em nome da Planam, orientava as prefeituras sobre os procedimentos para receber as ambulâncias com recursos de emendas parlamentares, dentro do esquema fraudulento.

Conforme a documentação, em 7 de abril de 2004, a prefeitura, na gestão do então prefeito Ayer Ferreira (PFL) adquiriu da Planam uma unidade móvel de saúde, pelo preço de R$ 79,5 mil, por meio de uma licitação montada. Mas, há sete meses, a mesma ambulância não tem utilização alguma – está parada numa oficina em Montes Claros.

O atual prefeito, José Raimundo Viana (PL), diz que a prefeitura conta três ambulâncias, insuficientes para a demanda. Segundo ele, o conserto da ambulância ficou em R$ 18 mil. “Ficou caro mas, já que foi comprada e a população precisa do serviço, tem que ser consertada” , diz o prefeito.

A Câmara instaurou a comissão especial no dia 15 de maio, assim que estourou o escândalo dos sanguessugas. Entre os documentos, há instruções de Cirineu Neto sobre procedimentos como abertura de conta bancária específica, do envio de ofício ao Conselho Municipal de Saúde e do plano de trabalho. O advogado informa que elaboração do plano de trabalho ficaria por conta dele próprio.

Na mesma correspondência, o suposto representante da Planam destaca que a aquisição da unidade móvel de saúde seria feita com recursos de emenda de bancada, de autoria do deputado Cleuber Carneiro (PFL-MG), no valor de R$ 90 mil.

Helena

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